CINE/TEATRO/PERFORMANCE
4
LADEIRAS E 70 DEGRAUS
Link da fanpage: https://www.facebook.com/4ladeirase70degraus
Todos os blocos publicados vocês
encontram reunidos no link abaixo...
Divulgar esse projeto tem todo um
significado especial nesse momento... primeiro porque compreendi que ele é a
soma de todo meu processo artístico, e segundo porque vai servir como parte da
minha primeira prática de montagem como aluno de Bacharelado em Artes Cênicas
com Habilitação em Teoria do Teatro da UNIRIO (E UFA, em vias de me formar).
Descrição
curta:
Filme/teatro, com imagens online, que são também projetadas. O filme
conta o sucesso da Banda SaulomBRA Sound System na favela Parque da Cidade
(Gávea-RJ).
Descrição
Longa
4 LADEIRAS E 70
DEGRAUS (Cenas on-line)
(Escrito e dirigido por Lucas Leal & todos os participantes)
Assistente direção, Fotografia e edição: Coletiva e inacabável
Realização: Koru Produtora Cultural
Com Lucas Leal; Mariana D`amico; Saulo Mesquita; Aline Vivas, Camila Santanioni, Rafael Vitti e moradores da comunidade Parque da cidade.
Trilha sonora com músicas da banda Barba Ruiva; dos artistas Ive Seixas e kdu dos Anjos .
O filme conta a História do sucesso da Banda SaulomBRA Sound System. Com origem na favela Parque da Cidade (Gávea-RJ), nossos personagens vão mostrar a relação que se estabeleceu a partir de um grupo que toca música brasileira, misturando regional de influência latina americana em um local onde o funk e o pagode são escolhas certas... Trazendo a ideia de cinema/teatro, com performances circenses e políticas, o grupo chamou atenção na favela, virou sucesso no Rio de Janeiro, e está em turnê On-line. A trama gira em torno de um uruguaio clandestino (Gonzalez), com um Olindense arretado arretado (Dom Miranda).
Personagens:
1 Gonzalez (28 e 18) (Uruguaio Clandestino): Lucas Leal & Rafael Vitti
2 Emma (20) (Filha de Americanos): Mariana D’amico
3 Josefa Maria (27) (Repórter Bahiana): Barbara Maria
4 Don Miranda (25) (Dj do morro): Saulo Mesquita
5 Branco (33) (Motoboy): Branco
6 Leo da Lan (31) (Empresário): Leo
7 Mosquitinho (41) (Dono de Pizzaria): Mosquito
8 Aline Vivas (cantora amiga de Emma e Gonzalez): Aline Vivas
9 Miguel (Dono da Koru): Miguel Calvo
10 (Musa de Gonzalez no sonho): Camila Santonioni
10 E outros....
(Escrito e dirigido por Lucas Leal & todos os participantes)
Assistente direção, Fotografia e edição: Coletiva e inacabável
Realização: Koru Produtora Cultural
Com Lucas Leal; Mariana D`amico; Saulo Mesquita; Aline Vivas, Camila Santanioni, Rafael Vitti e moradores da comunidade Parque da cidade.
Trilha sonora com músicas da banda Barba Ruiva; dos artistas Ive Seixas e kdu dos Anjos .
O filme conta a História do sucesso da Banda SaulomBRA Sound System. Com origem na favela Parque da Cidade (Gávea-RJ), nossos personagens vão mostrar a relação que se estabeleceu a partir de um grupo que toca música brasileira, misturando regional de influência latina americana em um local onde o funk e o pagode são escolhas certas... Trazendo a ideia de cinema/teatro, com performances circenses e políticas, o grupo chamou atenção na favela, virou sucesso no Rio de Janeiro, e está em turnê On-line. A trama gira em torno de um uruguaio clandestino (Gonzalez), com um Olindense arretado arretado (Dom Miranda).
Personagens:
1 Gonzalez (28 e 18) (Uruguaio Clandestino): Lucas Leal & Rafael Vitti
2 Emma (20) (Filha de Americanos): Mariana D’amico
3 Josefa Maria (27) (Repórter Bahiana): Barbara Maria
4 Don Miranda (25) (Dj do morro): Saulo Mesquita
5 Branco (33) (Motoboy): Branco
6 Leo da Lan (31) (Empresário): Leo
7 Mosquitinho (41) (Dono de Pizzaria): Mosquito
8 Aline Vivas (cantora amiga de Emma e Gonzalez): Aline Vivas
9 Miguel (Dono da Koru): Miguel Calvo
10 (Musa de Gonzalez no sonho): Camila Santonioni
10 E outros....
Para
além do que está escrito na Fanpage, estou elaborando um trabalho teórico, onde
o filme é parte fundamental das questões estéticas que discuto ao relacionar
arte, política, contos de fadas, cinema, teatro e performance. Para tentar explicar meu trabalho, estou
começando a divulgar fragmentos da história em algumas páginas que administro.
Uma inclusive com meu próprio nome, Lucas Leal, e descrevendo-me como “personagem
de filme”.
Explicando
publicamente o meu trabalho artístico:
Descrição
curta:
Faço um filme inacabável, gravando e exibindo, ao vivo e
online, fragmentos de uma história que nem sei se existe.
Descrição longa:
Faz 6 anos que gravo um filme sem fim.
Grande parte da iniciativa diz respeito a minha
vontade de ser (artista).
Outra parte, principalmente a do "não ter
fim", se relaciona com o fato de ser artista independente, nunca tive
alguém/empresa que acreditasse no projeto para ajudar a finalizar.
Pela vontade de ser, juntando a coragem de tentar, e
o desejo de conseguir, não parei de gravar, mas senti necessidade de expor.
E foi assim que comecei a fazer o "filme ao
vivo" (uma espécie de teatro cinematográfico). Iniciei a fase de projetar
fragmentos do filme durante meus eventos festivos na UNIRIO (o @baile à
fantasia chapeleiro maluco).
Nas exibições muita gente vinha perguntar sobre as
imagens, onde poderiam ver (se tinha na internet). E as respostas eram:
"não sei", "acho que não", "só eu tenho as
imagens"...
A cada novo evento, novas pessoas vinham fazer a
mesma pergunta... então comecei a pensar em fazer o "filme ao vivo e
online".
Iniciei abrindo um evento aqui no facebook, dando
nome ao filme, e depois comecei a publicar fragmentos "do filme", que
deveria ser "editado pelo próprio público"; e era/é editado por mim
"ao vivo" e claro, "online".
Link da Versão 1: https://www.facebook.com/events/440067269442262/?fref=ts
Mas o evento chegava perto de acontecer, então
comecei a adiar a data (já que é um filme inacabável)... e fiz isso por mais de
ano... até abrir outro evento/filme/performance/teatro, dando outro nome, mas
seguindo a mesma linha (utilizando imagens novas, já feitas para isso).
Link da Versão 2: https://www.facebook.com/events/1387253044832873/
Percebi, com a segunda versão, que ficar adiando o evento
é "um saco", e ganhar público novo em evento é mais complicado...
Daí pensei em realmente "acabar" o filme.
Gravamos, e, novamente, não acabamos.
Link da Versão citada: https://www.facebook.com/4ladeirase70degraus?fref=ts
Eu quis juntar nessas novas gravações fragmentos de
outras gravações, e sempre sentia necessidade de construir fragmentos com novas
gravações... assim o filme voltou a "não ter fim", apesar de ter
características de obra artística com fim (inclusive com release e a Fanpage).
Conformado com minha saga de artista cinematográfico
sem fim, abri (mais) uma fanpage, com base num personagem/carro, o fusca
"69" , e comecei a usar somente o celular para gravar minha relação
com meu duplo... que na teoria é um Cine-Circo itinerante, e na prática, ainda
estamos comprando material para isso funcionar melhor, e por enquanto estou
criando a história e me relacionando com ele.
Assim percebi que o Fusca, os filmes, eventos, outros
projetos, ideias, propostas, faziam parte da minha pesquisa em compreender
minha própria criatividade/comunicabilidade/existência... e por isso comecei,
sem medo, a colocar para circular "as imagens do filme inacabável"...
... Encontro-me hoje fazendo estudos estéticos sobre
o processo cênico desses "blocos prontos" (mesmo alguns com erros
e/ou falhas de edição) e dos fragmentos ainda "em fase de
não-edição"... que também entram nas exibições ao vivo.
O filme não tem fim, pois a história toma como base
minha relação particular, ou seja, uma pesquisa autobiográfica, com o tempo.
Passado (infanto-juvenil); presente (o agora, o que faço, penso e publico...)
com meu futuro (o que vou fazer com essa obra sem fim...)
Rompo com tempo-espaço, revivo a cada novo evento, os
eventos passados, e projeto novas ideias (adiantando o futuro), no instante em
que faço (presente).
Exponho partes da minha vida particular, que envolve
amigos da infância/juventude, e fragmentos de registros do meu existir atual,
principalmente atividades artísticas... dialogando sempre na perspectiva de
arte e política no contexto dos contos de fadas (Contos clássicos
reinterpretados: Alice no país das Maravilhas; O mágico de Oz; relembrando
desenhos e animes que fizeram parte da minha infância, como Dragon Ball Z,
Cavaleiros do Zodíaco; Doug Funny e o Homem Codorna; Capitão Planeta; X-Men e
Super Campeões).
A pesquisa toma como base alguns livros e/ou textos
(A Bíblia; Textos e novelas para nada de Samuel Beckett; Sobre Verdades e
Mentiras no Sentido Extra-moral de F. Nietzsche; A crítica da Razão Pura de
Kant; entre outras leituras é claro) + meus diários de 2009 até 2015 (que faz
parte dessa "viagem").
Gravei cenas em Pernambuco; Rio de Janeiro; São
Paulo; Curitiba; Florianópolis; Porto Alegre; Uruguai; Argentina; Paraguai;
Paraná; São Gonçalo; Bolívia; Peru; Ecuador; Colômbia; Venezuela; Boa Vista;
Cariri; Espírito Santo; Bahia....
Em cada cidade, em cada cena, em cada gravação, tive
o prazer de reaprender a ser quem sou, de entender o que quero, e de buscar
concretizar meu sonho de ser (eu).
"Não é/foi fácil ser eu..."
"Não tem sido tranquilo..."
"Mas vivi muito, me diverti bastante, lutei
demais, amei mais ainda, e chorei... mas, o que mais fiz... foi rezar..."
"Rezo todo dia para concluir o filme inacabável
que hoje está intitulado de 4 Ladeiras e 70 Degraus".
Meu filme sem fim, conta uma história que escrevi em
2004, sobre mim. Uma busca por mim mesmo.
No filme me chamo Gonzalez, um Uruguaio que
interpreta o palhaço Low, que veio ao Brasil de Férias e passou 6 anos em
Olinda-PE. Depois chegou ao Rio de Janeiro, onde vive faz 6 anos, tendo morado
em 18 lugares, fundando uma banda (SaulomBRA Sound System) que virou sucesso na Favela Vila Parque da
Cidade (Gávea-RJ).
Ao exibir o filme sem fim, edito as imagens na hora,
e costumo gravar novas cenas, geralmente com base no evento/local onde estou
"intervindo" artisticamente. É por isso um cinema/teatro/performance
que acontece “ao vivo e online”.
Na minha filosofia sobre Gonzalez, acredito que ele se
encontra em um paradoxo infernal. Faz 10 anos que ele vive uma vida de alguém
que viveu 10 anos a vida de outro sujeito, que fez isso no intuito de mostrar
sua capacidade de dominar o outro a partir do poder econômico (pois ele
financia as ações dos dois outros que viveram/vivem sua vida).
É, portanto, um desafio de "não ser", ser
Gonzalez, na medida em que ele interpreta quem "não é", com base na
história de outro, que viveu também a experiência de "não-ser" por 10
anos...
Quem é você nessa história toda? Quem é o Lucas Leal?
O que quero com esse filme sem fim? O que quero mostrar para vocês? Qual a
moral da história? Qual é mesmo a história?