Por
que eu sofria tanto por coisas que não importam? Por pessoas que pouco importo para elas?
Imaginava que todos me amariam... e por isso acabava por atrapalhar tudo. Queria ser o
centro porque acreditava fielmente em minhas ideias e atrapalhava tudo.
Desejava em todos os amores possíveis que todas me amariam sem amar mais
ninguém, e só atrapalhava as coisas. Acho que não existe nada depois disso. Então
ficava alimentando desejos inúteis dentro de mim. Tomando atitudes alucinadas e
escolhas totalmente distorcidas do que de fato eu acredito hoje. E o tempo foi
passando e passando, mas eu sempre cometo erros. Porém, penso que dessa forma eu
posso saber quem eu não desejo ser. E sigo. Cometo as piores coisas e sigo. E
consigo pouco a pouco reconhecer e recolher os cacos de uma alma amorosa. Tento
refazer-me e segurar o impulso da escrita como fluxo do pensamento verdadeiro.
Nem tudo pode ou deve ser dito. Nem todos devem ouvir tudo que você pensa e nem
tudo que você pensa é verdade. Restringir o meu pensar para o outro é um
desafio constante por conta das minhas atividades como professor, artista e
escritor. Mas eu continuo fazendo algumas das piores coisas do mundo, que é
escrever no impulso do pensar e divulgando no impulso do sentir, principalmente
coisas que nem precisam ser ditas, porque são para pessoas quem eu pouco importo.
Mas esse deve ser meu enigma de vida. Vivi muitos anos online antes das pessoas
entenderem esse universo. Diferentemente de muitos, não procurei me
aprofundar em codificar as redes e/ou programar necessariamente os computadores, uma pena,
ainda pretendo um dia. Na verdade comecei a tentar usar a internet para
atividades de arte e educação. Para atividades de pesquisa-ação, interação social
e ao mesmo tempo uma extensão da sala de aula. Tenho diversos métodos de aula que podem ser
questionáveis do ponto de vista ético até por mim mesmo, mas, acredito tanto no
potencial do livre acesso as redes pelos futuros educandos, que não me preocupo
necessariamente o que pode ser feito por eles no âmbito particular/individual nas suas redes (não me preocupava...).
Minhas propositivas são educativas. Meus riscos são diversos. Eu lanço
atividades, eventos, textos, fotos, tudo... exatamente tudo da minha vida na
internet desde 1998. Eles sabem em cada lugar que estou a cada segundo. O que
importa nesse momento então é minha tese de doutorado. Só que amanhã eu posso
aparecer morto. Sem ninguém para me socorrer, desapareço. Ou então eu posso desabilitar minhas redes,
depois de publicar esse texto, e posso simplesmente sumir por vontade própria...
nunca se sabe o que pode acontecer agora. Amedrontado como tantos outros
cidadãos, recorro ao youtube.com e coloco músicas com som do mar. Eu posso
sumir amanhã, mas vou com a tranquilidade que tentei de todas as formas
produzir atividades boas e travei inúmeras lutas particulares, para tentar ser alguém
melhor, para ser um professor melhor, e mesmo falhando, imagino que nada justifica
ser torturado. Embora pareça mimimi ou masmasmas, muitas outras pessoas
próximas estão adoecendo. Algumas estão mortas-vivas. Moribundas. Só em pensar que
nunca mais poderei andar nas ruas tranquilamente, quem dirá nas favelas (elas que hoje sofrem, vão sofrer mais e mais...). Era preciso
fazer uma limpa geral no sistema, inclusive eu. Substituir tudo por máquinas.
Elas não sangram, não tem famílias, não sentem dor. Mesmo confiante na vitória
do Haddad, isso não impede os rompimentos sociais. Haddad e Manu venceram
porque eles são dignos do meu respeito. As pessoas que bravamente estão lutando
todos os segundos pela permanência mínima de sonhar... mesmo sabendo da
gravidade da situação no país, que beira índices de mortes pela violência maiores do que na Guerra na Síria. Nossa sociedade é enorme. Milhões e milhões. E estamos meio a meio, e uns perdidos. Eu, por
exemplo, estou “justificando” o voto. Até eu lavei minhas mãos porque
simplesmente é inviável viajar para votar do Rio de Janeiro para Pernambuco agora. Eu
não posso abandonar o RJ agora. A luta está para o lado de cá. Estive agora em
Recife/Olinda/Caruaru e GERAL É HADDAD. Temos que ganhar no RJ, SP, Porto Alegre, Minas, Paraná...E vamos todos juntos, mesmo aqueles que
estão com medo, nós já vencemos. Independente de eleição, de número de votos
nas urnas, todos nós que acreditamos que nesse momento apenas Haddad representa
qualquer significado da palavra “união”, já vencemos por isso. Quem conhece o blog
sabe que mesclo um pouco de textos acadêmicos, artísticos e outros assim,
corridos. É uma forma de demonstrar minha angústia. Um texto completamente
corrido. Pouco revisado. Aqui não é o professor Lucas Leal, nem o pseudo
artista Lucas Leal, tampouco sou seu amigo, familiar, muito menos sou um robô
pago por empresários com interesses duvidosos. Eu não sou uma FAKE NEWS. Eu sou
o respiro de mim mesmo, que acredita que o melhor caminho é o amor, e a vitória
virá. Aos que acreditam no discurso “matar todos”, “retirar eles ou prender”,
eu continuo discordando e defendendo meu posicionamento. A história está ai
para você entender se quiser. Eu sei que esse texto não vai chegar nos grupos
que acreditam que a melhor solução é violência dos cidadãos contra os cidadãos.
Não vi ninguém indo enfrentar “bandidos”. Vi muitos e muitas brigando na
internet, inclusive eu, numa tentativa horripilante de tentar mostrar que eles
estão vendo tudo errado. Não deu certo. Criei minha bolha e sou intolerante a
qualquer posicionamento intolerante. Converso na academia de malhar (devidamente
adesivado na camisa) sem puxar o assunto
política. Venho para casa, escrevo esse texto, e volto para minha tese de
doutorado. Continuo achando que já vencemos essa eleição. Tivemos 30 milhões de
pessoas que não votaram. Imaginando que metade vai em Haddad + Ciro + Marina +
FHC + MILHÕES DE OUTROS pelo mundo apoiando para parar essa loucura que estamos vivendo enquanto ainda é tempo não instaurar um possível
estado autoritário. Puta que pariu. Semana passada meu facebook ficou todo em
alemão. Minha câmera ligou sozinha. 30 milhões de contas hackeadas. Quando vocês
imaginaram que passaríamos por isso, sinceramente? Pessoas morrendo e se batendo
nas ruas. O negócio está tão sério que tem professor sendo levado pelo TSE na
Universidade federal Fluminense (UFF). Encerro por aqui, muito longo, e a internet não
tem tempo para minhas loucuras. Marielle?
#Haddad13 #Haddadsim
#Ditaduranunca mais #Torturanão #Elenão
MARIELLE?