Como hoje é sexta SIM, vou
continuar divulgando um pouco das atividades da FFP-UERJ como prometido.
As duas turmas de arte e educação
(eletiva) que tive o prazer de (des)educar em 2014.1, arrisco dizer, têm em sua
memória particular-existencial “antes de Lucas Leal” e “depois de Lucas Leal” (uma
clara paródia sobre as teorias filosóficas que se enquadram como “pré-socrática
e pós-socrática”).
Partindo da minha inusitada forma
de trabalhar arte, a turma da tarde criou o cine-teatro (In)Formados e ffpdidos:
O conselho de classe.
Links de duas versões de vídeos:
A ideia deles era questionar um
pouco sobre as disparidades entre teoria e prática que acabaram percebendo
dentro da sua formação na FFP-UERJ. Questionando também de forma bem
interessante a postura de educadores nos conselhos de classes, cada aluno que
se interessou em ser um personagem, criou um “tipo de professor”; e, relendo o “alto
da compadecida” de Ariano Suassuna, surgiram também a figura do “Diabo” e do “Anjo”.
Foi bem divertido e prazeroso perceber os questionamentos políticos que
apareciam a partir da intervenção lúdica e artística criada coletivamente.
A turma da noite criou o “CHOCA
FFP: É HORA DE MORFAR” (Alusão aos Power Rangers). Com intuito de discutir a não-autorização da arte
grafitti dentro da FFP-UERJ, os alunos fizeram oficina de Stencil e compreenderam
a diferença para pichação, preparando seu próprio material. Eles elaboraram
intervenção (com a devida autorização conseguida por um pedido institucional
meu frente ao departamento de educação e devidamente encaminhada e autorizada
pela direção da Unidade).
Por conta do tema, fizeram um
convite particular, pois alguns conheciam minha performance com fogo e com
doação de cabelo ao público. Aceitei o desafio, de também atuar como perforMAN
em uma atividade em que era o docente responsável. O que causou certo conflito
com a direção da unidade a partir de um estranhamento dos guardas patrimoniais,
quando me viram “atear gasolina no próprio corpo”.
Havia solicitado uso do espaço da
quadra para devida performance, colocando meus dados de ator/diretor (SATED-RJ)
em uma carta de próprio punho eximindo a instituição de qualquer dando ou consequência
da intervenção.
Mas, por motivos de logística,
escolhi fazer próximo da Xerox, um andar acima da quadra, isolando devidamente
o espaço. Fui interrompido durante a cena do cabelo, pelo vice-diretor da
unidade, perguntando “o que estava acontecendo ali”. E respondi olhando em seus
olhos “Estou trabalhando meu amigo”.
Ele solicitou minha presença “ao
terminar”, mas, para mim, aquilo foi quase “um fim”. De fato “choquei a ffp”?
Creio que sim... Os grafittis também chocaram, e o diretor citou “um peru enorme”
como descontentamento estético particular para uma imagem obra de algum aluno (que
desenhou um pênis grande em Stencil nos tapumes fornecidos pela direção). Então
o questionei sobre “censura” e que se a unidade tinha algum problema com alguma
imagem deveria ter comunicado quando solicitei autorização da atividade. Ele
entendeu meus motivos e repensou o que havia acabado de falar... mas o problema
de ter feito em outro local a performance com fogo não foi tão bem visto, nem
por eles da direção, nem por alguns do departamento que fazia parte.
Eu só posso pedir desculpas, mas
como performan, naquele momento, achei pertinente fazer a intervenção onde estava
acontecendo o evento (a quadra ficava um pouco distante).
Outro aspecto que “deu problema”
foi que alguns alunos fizeram stencil na pilastra da instituição, e o acordado
era fazer somente nos tapumes. A direção da unidade cogitou (me coagindo) que
eu pagasse os custos para retirada do material da pilastra (um total de 240
reais) e tomaram a decisão de censurar os tapumes (que deveriam ser retirados
na semana seguinte do evento).
Eu cogitei pagar; depois chamei
os alunos para me ajudar a retirar; alguns falaram que iriam por mim, mas que
não achavam justo; e acabamos deixando por isso e informei a unidade que não
era guarda patrimonial, que os mesmos, durante minha cena com fogo foi relatar
o que estava acontecendo na direção, deviam ter fiscalizado melhor (pois é
parte do seu trabalho) e relatado no momento os envolvidos (pois eu mesmo até
hoje não sei quem foi e não vi na hora).
Também peço desculpas pelo
ocorrido, mas, fiquei muito ofendido com a interrupção da minha cena com o
cabelo (estava raspando a cabeça na hora) pelo vice-diretor (que é professor de
Biologia Genética) indagando o que estava acontecendo. Como assim? Eu nunca
invadi um laboratório de biologia genética para saber o que estava acontecendo.
Mas, em uma performance artística ele se sentiu no direito de fazer isso? Que
ideia foi essa? O mesmo se desculpou... mas eu não senti verdade, pois quando
exigi retratação pública, fui ignorado. Pois bem... entenderam porque Choquei a FFP?
Também fiquei chocado com tudo isso... me senti perseguido na Unidade e de fato
fui... como vou relatar na próxima postagem sobre 2014.2.
As
ideias desse semestre me fez escrever um artigo que publiquei no II Seminário
Internacional de Cinema e Educação: Dentro e Fora da Lei que foi
realizado na cidade de Porto Alegre (RS) nas datas de 17 e 18 de outubro de
2014. o trabalho recebeu título de Animação cultural e formação de
professores: Continuação de relato. O evento, que integra as ações do
Programa de Alfabetização Audiovisual, foi promovido pela Universidade Federal
do Rio Grande do Sul em parceria com as Secretarias Municipais da Cultura e da
Educação de Porto Alegre.
Abaixo
artigo (link para o livro digital sairá ainda, de acordo com informações recebidas essa semana pelos organizadores do evento).
ANIMAÇÃO CULTURAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CONTINUAÇÃO DE
RELATO[1]
Lucas Leal[2]
Este trabalho
busca apresentar caminhos para formação pedagógica através de políticas
públicas de educação, cultura e arte, a partir da animação cultural.
Utilizaremos como base pesquisa-ação
iniciada março de 2013 na Faculdade de Formação de Professores da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (FFp-UERJ). O projeto foi pensado para disciplina Educação, artes e Ludicidade (exclusiva
para pedagogia) e acabou sendo integrado com outras disciplinas, como Sociologia da Educação (Licenciaturas); Sociologia e Educação I (Pedagogia); arte e educação (Eletiva/Licenciaturas).
A temática central escolhida foi: Animação
Cultural: Conceitos e ação. Concepções dos Estudos Culturais Contemporâneos
possibilitam compreensão da necessidade de formação de cidadãos atuantes, conscientes e
participativos, exigindo capacitação continuada dos educandos em relação à
leitura e interpretação da cultura visual que os cercam. Trata-se de discutir
concepção estética artística hoje, não somente construída em espaços eruditos.
Assim, todos podem e devem produzir/consumir/elaborar atividades artísticas.
Como objetivo geral quer-se construir rede de animadores culturais a partir da
filosofia dos “Círculos de Cultura”, compreendendo conceitos filosóficos do educador
Paulo Freire, onde a práxis autêntica surge no processo pedagógico dialógico e
consequentemente dialético. No artigo iremos relatar o último evento Cine-Sarau Ar-te: Um dia, ocorrido em
07/08/2014, onde além de elaboração de um filme/teatro pela Turma de Arte e educação (T1), tivemos pintura
com stencil e performances musicais. A formação teórica/artística com intuito de
experienciação em cinema pelos futuros educadores contribuiu para reflexão
sobre a recente Lei 13.006 de 26
de junho de 2014 (obrigatoriedade da exibição de filmes nacionais nas escolas
de Educação Básica como componente curricular complementar).
Palavras-chave: Animação cultural; Cinema;
Políticas Públicas; Pesquisa-ação.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Este trabalho busca apresentar caminhos para formação
pedagógica através de políticas públicas de educação, cultura e arte, a partir
da animação cultural. Utilizaremos como base pesquisa-ação iniciada março de 2013 na Faculdade de Formação de
Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFp-UERJ).
Com base no ensino presencial da animação cultural,
desenvolvemos atividade coletiva no intuito de experienciar a teoria na prática[3].
Dificuldades de tempo; horário e interesse serão abordados no intuito de
repensar questões que surgiram após realização da pesquisa-ação.
O projeto foi pensado para disciplina Educação, artes e Ludicidade (exclusiva
para pedagogia) e acabou sendo integrado com outras disciplinas, como Sociologia da Educação (Licenciaturas); Sociologia e Educação I (Pedagogia); arte e educação (Eletiva/Licenciaturas).
A temática central escolhida foi: Animação
Cultural: Conceitos e ação.
Apresentam-se questões
encontradas:
1- Como superar o mutismo social em uma sociedade que vive
resquícios de sua Inexperiência
democrática?
2- Como discutir acesso
a cultura e arte eruditas com intuito de reinterpretar os mercados de bens
simbólicos, elaborando visão de cultura popular em espaço universitário?
Destaca-se uma característica do contexto específico da
atividade e a relação institucional:
1- Pouco contato artístico por parte dos discentes e
ausência de locais próprios para isto no entorno e na própria instituição de
ensino, consequentemente, discutir arte/política foi uma “novidade” no geral.
Como criar algo se não conheço nada sobre? Por que falar
nas aulas e participar se posso ficar calado, chegar atrasado, não ler, e
continuar assim minha “formação profissional”? E o dia-a-dia, trabalhos, e
outras atividades, inclusive acadêmicas? Como fazer desenvolver nos alunos o
gosto pela cultura, pela arte, pela participação política e transformação
social através da educação? Como utilizar recursos culturais não como recurso
econômico, mas como possibilidade crítica?
Concepções dos Estudos Culturais Contemporâneos
possibilitam compreensão da necessidade de formação de cidadãos atuantes,
conscientes e participativos, exigindo capacitação continuada dos educandos em
relação à leitura e interpretação da cultura visual que os cercam.
A partir deste evento e do artigo em questão, concretiza-se
passagem de etapa na pesquisa[4], onde os
primeiros passos em 2013.1 com inserção de atividade com Educação em Direitos
Humanos (EDH) e cineclubismo virtual; 2013.2 com atividade de criação virtual;
e 2014.1 com desenvolvimento de atividade presencial com auxílio para
divulgação em meio virtual[5]. Um
desafio para 2015 será desenvolver a re-edição, re-pensando as questões do que
foi desenvolvido, relembrando a mesma durante o processo e propondo novas
questões.
A intervenção contínua e a re-elaboração do evento
corroboram com questões artísticas do teatro, cinema e performance, onde o
artista re-faz, ou re-apresenta suas ações, intervenções, ou obra artística no
mesmo espaço ou em outro. O cinema e o teatro são tradicionais nisso. Hoje há a
re-performance. E aqui a ideia é pensar no re-evento. A expectativa é estar
dando continuidade para as ações de animação cultural, mesmo que mudando o
grupo a desenvolver as ações. O que não
impede de convidar novamente os membros das ações de animação cultural
anteriores.
Trata-se de discutir concepção estética artística hoje,
não somente construída em espaços eruditos. Assim, todos podem e devem produzir/consumir/elaborar
atividades artísticas. Como objetivo geral quer-se construir rede de animadores
culturais a partir da filosofia dos “Círculos de Cultura”, compreendendo
conceitos filosóficos do educador Paulo Freire, onde a práxis autêntica surge no
processo pedagógico dialógico e consequentemente dialético.
A princípio penso no evento primordialmente pelo viés
artístico, entretanto, ao se trabalhar questões de arte e política, utilizamos
questões sociológicas, com forte presença de questionamentos sociais, mesmo que
explorando ainda questões subjetivas da psique
dos envolvidos. Um elemento que interliga essas questões são os contos de
fadas e as fantasias, que despertam interesse para um mundo (real) imaginado.
O limite entre realidade e ficção, expressão subjetiva e
questionamento social são de ordem ainda mais complexas, quando diz respeito a
atividade acadêmica. O que retorna a questão de inexperiência democrática. Os alunos não estão acostumados a
criarem algo próprio, tampouco optar pelo não-criar,
que também é uma postura política.
Há,
em determinados momentos, a vontade de separar em grupos, os que querem, os que
não querem, e aqueles que estão em dúvida. O que levaria sempre o evento a
ficar no Plano de idealização pelo tempo-espaço (em 2014.1 as disciplinas eram
de 30h ou 2 créditos). Ou seja, não teria intuito de realizá-lo. Elaborei
proposta de oficina de animação cultural para o Encontro Nacional dos
Estudantes de Pedagogia, pensando justamente na ideia de idealizar um projeto
de animação cultural[6].
Este artigo, integrado a uma pesquisa-ação na formação de
professores, tem ainda o intuito de relatar o último evento Cine-Sarau Ar-te: Um dia, ocorrido em
07/08/2014, onde além de elaboração de um filme/teatro pela Turma de Arte e educação (T1), tivemos pintura
com stencil e performances musicais. Abaixo
programa da disciplina Arte e Educação.
Na disciplina trabalhou-se proposta teórico-metodológica
apresentada durante a prova para professor substituto da FFP-Uerj: 1- Campo teórico e metodológico; 2-
Historicidade dos conceitos e o do tema escolhido; 3- Objetivo das escolhas
para formação de professores.
Dentro da formação de
professores, discuto conceitos a partir da pedagogia histórico-crítica
(Saviani, 2008); adotando outras duas perspectivas, dos “círculos de cultura”
(Paulo Freire, década de 1960) até a “animação cultural” (Buarque de Hollanda,
2004; Melo 2002,2004,2006).
Estes conceitos se associam com a perspectiva de
Reinventar a Escola (Candau, 2004), atualizando conceitos da cultura na
educação como caminho para formação crítica dos professores/educandos
(discentes da referida Instituição).
O tema escolhido, para elaboração da pesquisa-ação é,
portanto, didática e metodologia de ensino e aprendizagem, com acepção historiográfica
para disciplina de artes e educação[7]. Parti
da concepção que o futuro educador deve apreender novas perspectivas
filosóficas sobre formas de ensino, compreendendo transformações sobre cultura
(e arte) na educação.
A escolha de tratar sobre cultura na educação na
disciplina citada é com intuito de apresentar principalmente a importância de
perceber aspectos de técnicas e tecnologias e a sua utilização na educação
(Vieira Pinto, 2005, Vol. I). Isto porque, segundo Rosa Maria Fischer (2007) as
“novas tecnologias” também são uma nova forma de opressão, e o educador precisa
estar em sintonia com as mudanças tecnológicas.
Neste sentido, o professor interessado nessas
transformações (históricas) das ferramentas educacionais, deve estar atento que
os jovens e as crianças cada vez mais se apropriam da tecnologia no seu
cotidiano. Por isso, justifica-se um novo planejamento histórico e filosófico
(como dito antes) para formação crítica desse sujeito futuro educador.
Tendo em vista essas
questões, em cumprimento ao artigo 214 da Constituição nacional de 1988, o novo
PNE (Plano nacional de Educação 2011-2020) indica na meta 06 para implantação
de 50% das escolas públicas em tempo integral, com tempo igual ou superior a 7h
de permanência do aluno na escola ou em atividades da escola. Para isso propõe
estratégias, entre elas, atividades extras em espaços comunitários públicos
(museus, teatros, centros culturais...).
Portanto, minha proposta
de plano de aula é um objetivo maior, pensando realmente em uma “Reinvenção da
escola”, preparando o professor para essas mudanças de postura em relação ao
ensinar. Além de que, a formação teórica/artística com intuito de
experienciação em cinema pelos futuros educadores contribuiu para reflexão
sobre a recente Lei 13.006 de 26
de junho de 2014 (obrigatoriedade da exibição de filmes nacionais nas escolas
de Educação Básica como componente curricular complementar).
Adotando,
consequentemente uma metodologia histórico-crítica sobre os “círculos de
cultura” até a “animação cultural”, tentei inserir os futuros professores com
novas perspectivas para o ensino e aprendizagem. Para além da escola e seus
conteúdos obrigatórios, pensou-se novos espaços educacionais que dialogasse com
a arte e proporcionasse momentos de lazer durante esse processo de formação dos
educandos.
E com essa proposta,
penso estar preparando profissionais com base nos Estudos Culturais
Contemporâneos, para que eles tenham autonomia e iniciativa para pensar a arte
a partir das experiências de vida de cada sujeito; compreendidos dentro de
determinado contexto histórico-social; com especificidades e necessidades
específicas.
Para desenvolver o
trabalho selecionou-se o caminho acadêmico relatado no artigo, pela percepção
teórico-prática da importância de se repensar currículos escolares (MOREIRA
(ORG), 1999) com base nos Estudos Culturais, que compreendem concepções também
dos estudos de lazer (Melo, 2004). Por fim, a atividade artística desenvolvida
com base em estudos cinematográficos compreendeu todas as outras artes: música,
cênica, plástica e literária.
Salientaram-se em sala,
durante formação teórica, duas propostas para os grupos: a) Reinventar/repensar a escola, a educação e a arte; b) Pesquisar
uma educação para além da escola. Como atividades as turmas de Arte e Educação organizaram um CINE-SARAU
que incluía: Definir data;
horário; local (na própria instituição).; Conseguir autorizações (criar
comissão); Viabilizar evento (atividade de envolvimento coletivo); Entrega de relatório
no dia do Cine-Sarau sobre a participação individual na atividade e autonota
entre 5 e 10.
Após
discussões sobre sociedade, cultura, arte, política... surgiram as inquietações
e insatisfações dos discentes: A própria
Instituição de ensino. E pressupondo minha paradoxal posição de mediador
cultural institucionalizado, e facilitador das questões que surgiam, ao propor
atividade criativa, crítica, com base “nos círculos de cultura a animação
cultural”, proporcionei espaço para questionamentos sobre o contexto em que
eles estão inseridos.
O estudo seguiu base teórica/filosófica a partir de Paulo
Freire e chegando em Vitor Melo de
Andrade, onde percebemos ao longo do semestre que o diálogo seria necessário e
fundamental para concretização da atividade coletiva. Abaixo
programação final do evento:
♡♡ Sinopse: Imagine um dia inteiro de
conversas, poesias, filmes e diversão. Vamos ter café da manhã, uma tarde
inteira com filmes e brincadeiras, além de música, poesia, contação de
história, intervenções e banquete de encerramento. A proposta é integrar os
alunos da Ffp-Uerj em um evento artístico-cultural co-produzido coletivamente
com alunos de Sociologia da Educação e Arte e educação.
♡♡Programação:
♡ 9:00 as 12h - Café da manhã Sociológico - #PARTICIPE
♡ 12h as 14h – Almoço coletivo
♡♡Programação:
♡ 9:00 as 12h - Café da manhã Sociológico - #PARTICIPE
♡ 12h as 14h – Almoço coletivo
♡ 14h as 19:30min – Cine-Sarau - #exibiçãodefilmes
+ Palco aberto + Performances + Microfone Poético + Isopozinho + Sanduba Rasta
+ https://www.facebook.com/SaulomBRA + o que
vier
♡ 14:00 – 14:40 – Filme/teatro com alunos de
Arte e Educação (T1)
“(In)Forfmados e Ffpdidos: O Conselho de classe”
“(In)Forfmados e Ffpdidos: O Conselho de classe”
♡ 14:40 - 15:00 - Poesias
♡ 15:00 – 16h - Música e brincadeiras
♡ 16h as 18h – Instalação Móvel no Hall do
Auditório – #COLABORE
♡ 18h as 18h e 30min – Contação de História com Simone André
♡ 18h:30 as 19 e 30min – Intervenção: Pintura de Stencil com alunos de Arte e Educação (T2) “Choca Ffp: É hora de mofar”
+ Performance de fogo com Lucas Leal (CONFIRMADA AUTORIZAÇÃO)
♡19 e 30min as 22h – Banquete Sociológico
♡♡♡♡♡♡LEMBRANDO DE LEVAR MATERIAL ESCOLAR PARA DOAÇÃO♡♡♡♡♡♡♡ #EVENTOGRATUITO
♡ 18h as 18h e 30min – Contação de História com Simone André
♡ 18h:30 as 19 e 30min – Intervenção: Pintura de Stencil com alunos de Arte e Educação (T2) “Choca Ffp: É hora de mofar”
+ Performance de fogo com Lucas Leal (CONFIRMADA AUTORIZAÇÃO)
♡19 e 30min as 22h – Banquete Sociológico
♡♡♡♡♡♡LEMBRANDO DE LEVAR MATERIAL ESCOLAR PARA DOAÇÃO♡♡♡♡♡♡♡ #EVENTOGRATUITO
#PROGRAMAÇÃOCOLETIVA
CONSIDERAÇÕES
O maior desafio de trabalhar com animação cultural agora
é perceber que nem todos são animados,
e além, nem todos tem interesse por cultura e arte como manifestação
educacional. Interessante compreender, mesmo através do que consideramos
cultura(s) no seu amplo sentido, a maioria das pessoas estão muito aprisionadas
as suas rotinas e se torna algo penoso a construção coletiva.
Outro fato que destaco no artigo é a relação da animação
cultural na formação de professores, onde muitos já estão inseridos no mercado
de trabalho e/ou não pretendem ser professores. Assim, fica ainda mais complexo
“animar” quem “não quer se animar”.
Algo surpreendente, no entanto, foi a condução dos
conceitos, com vista na prática ou não.
Ou seja, sempre deixei claro em sala de aula que não deveria ser algo
impositivo, e que não me importava com a concretude do evento (mesmo desejando
isso). Então, ao solicitar relatório sobre a participação deles na
elaboração/produção juntamente com comentários sobre a didática do curso arte e educação (Disciplina eletiva para
todas as licenciaturas), estava ainda pensando nos dados fornecidos.
É muito mais interessante para mim hoje, perceber sobre o
processo do que sobre a realização, até porque, eu não achava que o evento
aconteceria. E, por fim, creio que
aconteceu porque eu quis. Abri o evento pela FanPange no meu projeto na Unirio,
que já funciona desde 2011, convidei todos do meu facebook, fiz a imagem (que
era obrigação deles) usando minimamente a imagem elaborada por eles em Power
Point.
Ao escrever sinopse, juntar as duas turmas de artes e
convocar também as turmas de sociologia da educação, consegui criar um vínculo
maior entre eles e o evento. E todos dependente de mim. Não teve muita
proatividade, mas quem quis meter a mão-na-massa
fez sem muita objeção. Tentei respeitar ao máximo as propostas e as vontades.
Acredito que por ter meu próprio projeto de arte “bem sucedido” eu já não fique
mais preocupado com detalhes.
Claro que meu projeto poderia ter evoluído mais. Como o
próprio trabalho na Ffp-Uerj também. Acredito que isso só seria possível com
atuação efetiva no quadro de educadores da instituição. O caráter provisório da
atuação pedagógica é algo que de ambas partes, discentes e docentes, não faz o
projeto “decolar”. Necessitaria de bolsistas e recursos. Mas isso foge um pouco
do que penso também, que é a própria sustentabilidade de projetos de cultura e
arte “periférica”.
Esclarece-se, pelo vínculo institucional do docente só
permitir atividades “de ensino em graduação”, o projeto não ter agência
financiadora, e por isso as atividade são em horário das disciplinas e não
como em atividades de extensão universitária, por exemplo, com variações de
local e horário. Salienta-se, que por tal questão, o projeto acontece como
atividade proposta dentro do programa, das disciplinas ministradas na
Instituição. São, portanto, metodologias, com base na “pesquisa-ação”, como
também, na perspectiva do professor-pesquisador. O artigo, assim, é uma
reflexão que quer expor pontos e contrapontos de uma atividade docente-discentes.
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________.
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________. Ensinar e aprender: Sujeitos,
saberes e pesquisa. Rio de Janeiro: DP&A, 2000b.
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Diferenças culturais,
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invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis:
Vozes, 1998.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Direito à Educação: direito à igualdade, direito
à diferença. In: cadernos de pesquisa. n. 116, p. 252-262, julh 2002.
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máquinas de imagens e práticas
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FREIRE, Paulo. Educação
como prática da Liberdade. RJ: Paz e Terra, 2005b.
_______. Pedagogia do
Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005c.
HOLLANDA, H. H. O. B. . A contribuição dos Estudos Culturais
para pensar a Animação Cultural. Licere, BH, v.7, n.1, p.101-112, 2004a.
_______. (org.). Cultura e Desenvolvimento. RJ:
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JORDÃO, R. S. . A pesquisa-ação na formação inicial de
professores: elementos para a reflexão. In: Anped, Caxambu, 2004.
MELO, Victor. A. de. A
cidade, o cidadão, o lazer e a animação cultural. Licere, Belo Horizonte,
v.7, n.1, p.82-92, 2004.
________. A animação cultural: conceitos e
propostas. Campinas, SP: Papirus, 2006.
PINTO, Álvaro V..O conceito de tecnologia. RJ: Contraponto,
2005. v. I e II.
SAVIANI,
D.. Pedagogia Histórico-crítica:
primeiras aproximações. 10ª ed.
Campinas: Autores Associados, 2008.
YÚDICE, G. . A Conveniência da Cultura. Usos da Cultura
na Era Global. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2004.
[1] A pesquisa não recebe
financiamento pelo vínculo institucional do docente só permitir atividades “de
ensino em graduação”.
[2] Historiador e ator, mestre em
políticas públicas em Educação. Contato: lealffpuerjlucas@hotmail.com
[3] Sobre o
Cine-Sarau Ar-te: Um dia (2014.1), ocorrido em 07/08/2014 na Faculdade de
Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Ffp-Uerj)
em São Gonçalo.
[4] 2014.2 As atividades de artes
serão com animação cultural e cineclubismo virtual elaborado pela própria
turma; e com outra turma estou trabalhando o corpo na educação escolar através
do teatro. justifica-se pois já
estiveram 2013.2 atividades com internet e cinema, e 2014.1 trabalham
desenho com outro docente, por isso
optei por teatro.
[5] Abriu-se evento no facebook e convidamos o máximo possível
de pessoas para participar.
[6][6] Também fiz isso na primeira
turma de artes em 2013.1. Em setembro não pude ir para Pernambuco onde
aconteceu o encontro por falta de tempo hábil para conseguir financiamento de
passagem.
[7] Salienta-se que o evento ocorreu
também integrando turmas de sociologia da educação, entretanto, foi todo
elaborado coletivamente pelas duas turmas de arte e educação (disciplina
eletiva para licenciaturas).