sábado, 20 de junho de 2015

Projeto Cine Circo Rua: Fusca69 No parque da cidade – Gávea-RJ + UNIRIO

PROJETO CINE CIRCO RUA: FUSCA69 NO PARQUE DA CIDADE – GÁVEA-RJ + UNIRIO



Sobre
Projeto de intervenções cinematográficas na rua. Personagem principal: Um lindo fusca 69. E com ele, pretende-se rodar por locais diversos, é só chamar!!!

Descrição
A ideia inicial do projeto foi refazer parte de uma viagem feita 2011/2012, mas, já com o fusca e a ideia de cinema de rua.

Juntando teatro, cinema, circo, brincadeiras e alegria, a ideia foi sendo pensada e agora está saindo para ruas.

Primeiro Passo: Encontrar o Fusca. E achamos o 69. Motor de corrida 73/74, todo reformado, 7 anos com seu último dono.

Segundo Passo: Botar para rodar...

Perspectivas: Exibir e Gravar imagens. Intervir em espaços públicos, do Rio de Janeiro - São Paulo - Curitiba - Florianópolis - Porto Alegre - Montevidéu.


Atividades:

- Exibir filmes.
- Performances circenses.
- Pinturas em crianças.
- Fotografia e filmagem artística (público e atores).
- Integração com artistas que encontraremos ao longo da viagem.


Contatos:

Facebook:

Nosso Filme Teatro:

-Cronograma provisório do Cine Circo Rua:  Fusca69 no Parque da Cidade e UNIRIO (à confirmar)

CRONOGRAMA


2015
23/08 – Episódio I: Estreia + divulgação do financiamento coletivo online
Programação e atividades confirmadas:
SauloMBRA Sound System a banda que não existe (https://www.facebook.com/SaulomBRA) + Oficina de reaproveitamento de óleo + oficina para fazer sabão com o pessoal da Maré.
13/09 – Episódio II: Piquenique acrobático (Parque da Cidade)
09/10 – Episódio III: Dia das Crianças (UNIRIO – O Mundo Mágico de Oz 2)
15/11 – Episódio IV:  Como foi a Proclamação da República? (Parque da Cidade)
13/12 – Episódio V: Feliz ano velho (Parque da Cidade)

2016
10/01 – Episódio VI: Janeiro de Deus (Parque da Cidade)
13/03 – Episódio VII: Aniversário da Minha mãe (Parque da Cidade)
10/04 – Episódio VIII: No Brasil ainda é carnaval (Parque da Cidade)
15/05 – Episódio IX:  Maio dos apaixonados (Parque da Cidade)
27/05 – Episódio X: Baile à Fantasia Chapeleiro Maluco VIII (Última Edição) + O Mundo Mágico 3: Minha festa de formatura) - UNIRIO

Episódio XI:

FUI PARA O URUGUAI DE FUSCA69 ENCONTRAR TITIO MUJICA: A MAIOR VIAGEM QUE JÁ TIVE



Julho – VIAGEM PARA URUGUAI: Fui encontrar titio Mujica no Uruguai de Fusca 69: A maior viagem que já tive (COMEMORAÇÃO DA FORMATURA)

Obs: Na próxima postagem vou divulgar os detalhes do projeto da viagem.


sexta-feira, 5 de junho de 2015

Relatório de Prática de Montagem 1 SHOW DE EXPOSIÇÃO/GRAVAÇÃO DO FILME/TEATRO: 4 LADEIRAS E 70 DEGRAUS


Por: Lucas Leal[1]

Sobre o evento O Mundo Mágico de Oz (Local de exposição/gravação do Filme/Teatro 4 Ladeiras e 70 Degraus) [2]

            Vou tentar seguir essa estética na parte de relato dos eventos na monografia. Uma vez que limita pesquisa acadêmica, possibilita deixar material para ser possivelmente gravado como filme. O intuito da monografia é concluir um trabalho de pesquisa teórico-prático que faz parte de um projeto artístico pensado para introdução no mercado de cultura e arte.   




Cena – Externa – MANHÃ (PÓS-EVENTO) - GONZALEZ DIVAGA SOZINHO 30/05/2015
GONZALEZ
Agora ao menos sei que não sou tão só quanto me sinto. No meio da multidão, sempre que eu sentar ao lado de alguém, falarão do OZ. Isso não me faz especial. Não me fez superior. Não me define como ser. A passagem do país das maravilhas... para cidade das esmeraldas, os caminhos de tijolos aqui da favela, vai ser tudo que vou sentir falta se um dia tiver que ir embora mesmo do RJ, como tudo indica. Eu ao menos tentei até o fim. Gravei tudo que queria. Como queria. Na hora que queria. Simplesmente um plano perfeito, que não funcionou. Passaram-se mais de 10 anos desde que me recordo de qualquer coisa boa. Mas foi tudo muito maravilhoso. Viver essa experiência de arte/vida/ficção/realidade...limitando-me a mim, desmaterializei toda e qualquer imagem que possam construir sobre o Lucas Leal, como costumo me apresentar para as pessoas. Espero eu, haverá alguém sempre para dizer: O Lucas Leal era mesmo legal. Não importa se serão dias ou se passarão horas. Tudo que represento ainda é algo muito perecível em uma sociedade atenta para o nada. Devo ter pedido muito ajuda. Devo ter recebido também. Mas nunca recebi algo que buscava. Eu. A mim mesmo. Mas, encontrei realidades transmutantes (que vem do meu pernambuquês). Foi muito a vontade de ser alguém. Socorram-se. Jovens. Como fui um dia. Não dá mais. Eu simplesmente não suporto mais dizer que acredito em algo que partiu de uma ideia investigativa subjetiva de não ser. Suspendi pensamentos. Relevei e profanei.  Agora a maioria está em suas casas com suas famílias. Eu não. Nesse momento fico a deriva de situações reais. Vivo paralelamente. Sobrevivo.

Cena – INTERNA – NOITE - GONZALEZ ESCREVE NO COMPUTADOR E DIVAGA 31/05/2015
GONZALEZ
I
Nesse momento escuto cartola. Indicação da banda SaulomBRA Sound System. A banda que não existe. O que acho mais engraçado disso tudo, é que de fato agora a banda existe. Talvez um pouco mais de ensaio. Planejamento... e oportunidades. Mas, existimos.

II
O que importa: Passou. O tempo correu. Andou. Foi tão rápido. Cheguei um pouco tarde, aos 23, fiquei 6 anos, de maneira intensa. Surpreendido com tudo. Aos 29 anos, já não tenho mais os mesmos desejos e já não me satisfaz outra coisa senão, viver mais tranquilo. Correr, jogar futebol com amigos, conversar com pessoas mais velhas, andar um pouco sozinho na praia, escrever. Malhar, Le-parkour, e quem sabe surfar? Ficar com minha mãe, brincando com as cachorras, tentando finalizar o filme...
III
O que mais aprendi com o OZ, foi que, terá o último Chapeleiro Maluco, e me sinto feliz com o OZ I, se comparando com o Chapeleiro I. Impossível comparar. Eu tinha R$300,00 reais no bolso, 1 ano de UNIRIO, e nunca tinha feito nada no RJ. Agora eu tinha pelo menos R$6.000 e 6 anos de RJ (já tive no chapeleiro VI, com R$12.000). São números e datas importantes para pensar. Apesar das diferenças, não creio que irão esquecer do Chapeleiro até a última edição, ainda vale a pena fazer sim. Chapeleiro Maluco VIII + O Mundo Mágico de OZ 3 (pois este ano ainda teremos o OZ 2).
IV
Refletir sobre mim, durante pesquisa autobiográfica, no contexto dos contos de fadas, durante gravação/exibição de um filme/teatro, surtiu em mim, um desejo enorme de tentar entender qual seria a fundamentação do trabalho em si. Tendo em vista que as ações em sua parte concreta ocorriam em eventos festivos, assim, para muitos, é apenas uma festa (agora são “duas festas”). E de fato, eu vislumbro essa parte como fundamental para entender-me. Ainda mais agora. Quando percebo que de fato não gosto de festas. Mas, para entender a si, no geral, é muito bom tentar entender o outro. O comportamento. Formas de agir. Atitudes concretas em momentos de inconsciência provocadas por uso de psicoativos. Em geral, álcool, maconha, haxixe, skank, ácido lisérgico, bala, MDMA, cigarros, fumos variados, não ouvi relatos sobre uso de crack e cocaína, o que não impede ter ocorrido. E, em nenhum dos sete Chapeleiros, e nem o primeiro OZ, houve registro de brigas, quebra-quebra... o público, o ambiente, a proposta, e a forma como os eventos são conduzidos, com culminâncias lúdicas, construções artísticas, e atividades interativas (público sendo constantemente convidado a se sentir artista/ator), acredito que sejam importantes agentes desse processo.
VII
Ainda sobre tudo isso, acredito que, está sendo muito importante para mim refazer parte de algo que não consegui fazer com o Chapeleiro Maluco, deixar claro certo limite entre eu/Lucas e eu/ator/Gonzalez, mesmo que a performance venha de uma construção autobiográfica. Algumas ações, sobretudo em relação ao filme e ao projeto em si, foram explicadas nas fanpages dos eventos, do filme, e de outros projetos que possuo. Encerrar também algumas performances com base no teatro invisível, ao menos por agora foi algo interessante. E falar um pouco mais com o público sobre o que estou fazendo durante o evento foi algo novo que ainda preciso elaborar melhor[3].

Cena – INTERNA – NOITE - GONZALEZ ESCREVE NO COMPUTADOR E DIVAGA 01/06
GONZALEZ
IX
Fui à Unirio pela primeira vez depois do evento, e como previ, ao sentar-me, o assunto era, O Mundo Mágico de OZ. Quando será o próximo? ”Foi muito bom”, “muita gente”, “queríamos isso....”, “precisávamos de um evento assim na Unirio”... Quando será a próxima? É a pergunta que mais ouço. E comentários tipo: “Não deu para vir, mas todo mundo que perguntava dizia que vinha...”. São comentários que fundamentam a pesquisa e a importância dela.
X
Até aqui são 7 eventos do Baile à Fantasia Chapeleiro Maluco, mais um do Mundo Mágico de OZ. São 5 anos de intervenções. Com formatos distintos, mas propostas e textos fílmicos parecidos, ambos complementam etapas importantes da minha existência. O OZ, filme que via constantemente na infância, e Alice no País das Maravilhas, que vi durante a juventude, já no Rio de Janeiro. Alice e Dorothy são meninas que se perdem em mundos com criaturas estranhas. Será que eu sou uma dessas criaturas? Ou me sinto como as meninas? Estou perdido em meio às criaturas estranhas do mundo...          
CONTINUA...




[1] Aluno de Teoria do Teatro.
[2] Apresentarei em forma de roteiro cinematográfico.
[3] Arrisquei agora no OZ I, foi bom por um lado, mas por outro, a dificuldade de encenar/falar com o microfone durante um evento festivo é enorme, principalmente por parar ou diminuir o volume das músicas... quebrar uma dança coletiva e começar um teatro individual... foi complexo, mas consegui ao menos falar a história do filme, como Gonzalez, e ao mesmo tempo, quebrar a cena e falar como Lucas falando de Gonzalez. Essa nota não deve ser lida como cinema, nem no teatro, mas faz parte da pesquisa acadêmica.