sábado, 21 de novembro de 2015

Baile à Fantasia do Chapeleiro Maluco: Minha festa de desaniversário / Parte 1

            

teaser do evento III


            Nesse post vou introduzir o leitor ao meu mais complexo trabalho artístico que culminou em 7 eventos. Vou dividir em 3 partes. Hoje vou falar dos eventos I ao III; na postagem seguinte vou falar do IV,V e VI (#ocupacanecão); na última parte falarei do VII e o motivo de não fazer o VIII (que representaria o infinito). Encerrarei o ano, com última postagem  no blog, falando do Mágico de Oz 1 o o motivo de não fazer o 2 e o 3.  
            Sou pisciano, nascido em 26/02/1986  em Recife-PE, mas, morador de Olinda-PE desde o dia seguinte ao nascimento. Olinda, conhecida cidade patrimônio cultural da humanidade, tem em sua essência a efervescência do carnaval. Seria então o melhor carnaval do mundo? Digamos que sim... então imagine o cenário:

1-    Como seria uma festa de aniversário em pleno carnaval?

            Não conseguíamos reunir familiares, quanto mais os amiguinhos da escola... e claro, também não tinha aula no carnaval. Então, eu além de não ter parabéns na escola, também não tinha em casa. Ou quando tinha... era bem monótono, as pessoas queriam carnaval...
            Na adolescência deixei de tentar comemorar meu aniversário... e isso perdurou toda minha juventude... até que em 2011, indo para o terceiro período de teoria do teatro na UNIRIO e recém ingresso no mestrado em educação (sim, eu tinha duas matriculas na mesma Universidade)...  estava indo para 3 anos de RJ, conhecia uma galera, envolvido com performances e política... eu pensei: “Quero comemorar meu aniversário de 25 anos...”
            Março de 2011 retornei de férias de Olinda, já com o nome da Festa, Baile à Fantasia do Chapeleiro Maluco. O nome teve dois motivos: 1- Vi o filme de Tim Burton e identifiquei meu momento de juventude com o personagem que iria representar na festa, já que seria a fantasia (pela ideia de fazer um carnaval fora de época...); 2- Tinha ido a tal festa “Chá de Alice”, pois todos diziam ser uma ótima festa (terrível, fui cercado por uma roda de Homens, dizendo que eu só saia quando beijasse alguém, lógico que sai empurrando e não beijei. Nada contra, mas não curto meninos sexualmente falando; além de quê eu era o único com uma fantasia/pintura diferente – ou seja, era uma festa qualquer, não tinha nada diferente. Hoje falam que mudou, não sei, nunca mais fui. Quase não vou nas festas no RJ, não me divirto – e por isso fui criando a minha festa).  
            Além do nome, eu havia pensado no conceito: Festa ou performance?
            Queria rediscutir conceitos de cultura e arte em eventos festivos. Chamei dois amigos da Música, Eduardo, que integrava o Grupo Teatro de operações, que eu admiro muito e cheguei a montar algo com eles... e Dioclau (Banda Biltre)... e fechamos a ideia.
            Montamos tudo entre março e abril, tentamos autorização com o então decano do CLA da UNIRIO, prof. Dr. José da Costa e em maio daquele ano fizemos a primeira. Eu e Dioclau colocamos R$300,00 reais cada para fazer o Bar e pagar o som. Conseguimos pessoas para nos ajudar no bar. Fizemos o evento Baile à fantasia do Chapeleiro Maluco I, com mais ou menos 350 pessoas. E depois daquele dia, era eu chegar na Unirio e as pessoas “quando vai ter o próximo Chapeleiro Maluco”?
            Bem, por conta disso, topei o desafio de fazer o Chapeleiro Maluco II, em menos de uma semana, para ser festa de encerramento das Dionisíacas universitárias[1] organizada por coletivos da Ufrj e UNIRIO (Teatro de operações); foi bem legal, mas tivemos um problema que me fez inclusive não produzir mais com o grupo da Unirio, mas ainda os admiro muito (já falei sobre o Matheus Longui, que partiu da vida esse ano, e fazia parte do referido grupo; apesar de eu ter sido convidado a não participar de mais nada com eles; o Matheus aceitou meu convite para atuar, como já relatei aqui, no “Inverso da loucura de vários doidos”).
            O problema, da minha parte, não precisava ter acontecido, foi algum erro de comunicação, mas me sinto com consciência tranquila. Durante o evento, metade do público era “minha galera” (principalmente dos cursos: ambientais, biologia e história) e a outra metade era do evento performático As dionisíacas universitárias. O baile era meu, dentro desse evento; alguns Djs eram nossos, outros, deles. E foi por conta disso a problemática. Em determinado momento do evento, começou o DJ “deles”, que insistentemente colocou músicas “fora do padrão estético do baile”. Muita gente “da minha galera” vindo reclamar e até indo embora, enquanto a “galera deles” curtia muito. Deveria ser todos juntos né? Mas enfim... cansado de muita gente reclamando, inclusive eu não estava curtindo o som, que já durava quase 2h... cheguei no DJ a partir do que me era pedido pelo meu público e falei: “Irmão, com todo respeito, espero que não me leve a mal, mas já falaram com você algumas vezes, sem sucesso, e, queria te dizer que no Chapeleiro Maluco nós temos uma pauta de músicas, o evento não é GAY... então a gente queria que você ou colocasse o tipo de música do evento ou deixar outra pessoa assumir o som...”
            Já imaginam o que aconteceu né? Ele saiu do som... mas não satisfeito, foi falar para o teatro de Operações que eu tinha dito que ali não era lugar pra gay e blablablabla... Hoje eu não teria ido falar, ou teria dado jeito dele sair do som de outra forma... mas o que aconteceu? Fui taxado de homofóbico... “posto na geladeira” pelo Teatro de Operações (com toda razão). Da minha parte, procurei a pessoa pelo facebook e pedi desculpas (ele não aceitou), mas novamente peço desculpas aqui (sem falar seu nome); jamais foi por homofobia, mas sim por estética.
            O baile surgiu com intuito de tocar Jazz; eletrônico, reggae e Rock preferencialmente nacionais, e não música Pop internacional. Mas de fato, posso ter me colocado mal, apesar de que eu relatei exatamente o que falei para o DJ que estava tocando de graça e fazendo um favor; PORÉM, ele colocou de outra forma para “meus amigos” – o que na época me chateou. Mas eu entendo perfeitamente. São pessoas do mundo artístico. Eu vinha do mundo do FUTEBOL, bem machista e homofóbico – talvez algumas palavras colocadas no meu mundo são e devem ser interpretadas de outra forma em outros contexto (normal), e por isso considero como um problema de comunicação. APESAR DISSO, FOI ÓTIMO E MINHA GALERA CONTINOU SEMPRE ME PERGUNTANDO: “QUANDO TEREMOS OUTRO CHAPELEIRO?”
            Foi assim que decidimos eu, Dioclau (já sem o Eduardo na produção) e a cambada de chapeleiros do jardim da UNIRIO, continuar o projeto, entretanto, por estimulo de DIOCLAU, já pensando numa estrutura de produção mais profissa (o que na prática nunca ocorreu ahahahha). Enfim, juntamos a galera e pensamos: “o que o chapeleiro é?” E eu respondi: “alguém que está preso no tempo, condenado a viver sempre na hora do chá das 18h, pois ele brigou com o tempo, que passava muito rápido...”. Já era 2012 e pensamos que nosso “evento de performances” que culminava num “baile à fantasia” deveria ser evento de encerramento de semestre para alunos de “música e teatro” (e os interessados) apresentar suas produções.
            Era aquela época que se falava no último ano do calendário Maia – e o Dioclau citou o “dia fora do tempo”, que seria o último. Pesquisei sobre aquilo, e na reunião seguinte questionei: “Estamos no RJ, ficar 1 dia inteiro fora do tempo é muito... carioca, chega atrasado em tudo... que tal fazermos ½ dia fora do tempo?” A ideia pegou... foi “pica”. Fiz um projeto, consegui uma orientadora, a Sylvia Heller, que me deu muitas dicas sobre “tempo e loucura”. E assim comecei a (re)escrever uma história do meio para trás, a minha mesmo. Misturando histórias reais e outras ficcionais, com base na minha juventude e coisas particulares que eu vivenciava, usando o contexto de “Alice no país das maravilhas a partir da visão do chapeleiro maluco”, comecei a colar COISAS ao vivo e online. “Fragmentos de uma história que eu nem sei se existe...”
            Foi assim que surgiu o projeto “1/2 dia fora do tempo” com o Baile à Fantasia do Chapeleiro Maluco III[2]. Abaixo o projeto e depois o Evento III (apesar de tudo, o grupo Teatro de Operações aceitou o convite para colocar o Cabaret Tex, mas, no dia, não consegui dar tanta assistência, o evento cresceu muito, e novamente o grupo saiu chateado comigo... peço desculpas novamente... mas saiu do controle):

JUSTIFICATIVA[3]
            Este projeto surgiu a partir de um coletivo entre estudantes de artes cênicas, música, biologia e ciências ambientais da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO. Inicialmente pensamos em juntar as propostas dos cursos em um evento artístico cultural. 
O evento se destina a exibição de performances artísticas; sejam elas musicais, corporais, projeções de vídeos arte, instalações, etc - dentro de uma feira com produtos elaborados pelos estudantes. Partimos da ideia que, como estudantes de cultura e arte – engajados na problemática do meio ambiente – temos que desenvolver nossas experimentações dentro do próprio espaço universitário, visando preparação para o mercado de trabalho.
Por isso, associamos o aprendizado adquirido ao longo dos cursos, para, semestralmente, expor as produções independentes de alunos de teatro, música, biologia e ciências ambientais. Acreditamos que, ao disponibilizar espaço público federal, a serviço dos estudantes e da comunidade em geral, a Universidade cumpre com as aspirações dos jovens que estão desenvolvendo atividade acadêmica – pensando em aplicar suas experiências em interlocução com outros estudantes e a sociedade em geral.
Assim, desenvolvemos a proposta do evento como uma perfomance teatral inspirada no conto de Alice no país das maravilhas[4] – mas, a partir da visão do chapeleiro maluco – outro personagem marcante da história. Por tal escolha, optamos desenvolver a temática do tempo, pois no conto, o chapeleiro maluco foi condenado pela rainha a viver eternamente na hora do chá por causa de sua briga com o tempo.
Mudando a visão do que é ser artista, como rompimento inicial, a art performance ou performance artistística se apresenta como modalidade de manifestação artística interdisciplinar tal como o happening – combinando  teatro, música, poesia ou vídeo. Ela se desenvolveu na segunda metade do século XX, mas suas origens estão ligadas aos movimentos de vanguarda (dadaísmo, futurismo, Bauhaus, etc.) do início do século passado.
Encontramos na contemporaneidade processo histórico que permite perceber que o desenvolvimento da performance como expressão artística cênica já não quer somente romper com antigas tradições teatrais, que deve ser compreendida a partir dos desenvolvimentos da arte pop, do minimalismo e da arte conceitual, que tomam a cena artística nas décadas de 1960 e 1970. (Enciclopédia Itaú). Na atualidade, o conceito, está incorporado novas discussões estéticas (ver COEHN) que vão fundamentar a inserção do vídeo, das projeções, da ocupação espacial, da interação artista-público, por exemplo.
            Buscando esta interatividade público/artistas, durante o evento, haverá comercialização de produtos desenvolvidos por estudantes – em barracas – que estarão espalhadas pelo jardim do Centro de Letras e Artes – CLA da UNIRIO – juntamente com as intervenções artísticas performáticas. A ideia é que, a partir das 14h do dia 11 de maio, haver ocupação do Jardim, intervindo nele como espaço cênico – como uma pintura de um quadro – com humanos. Na troca com o público, as cores do evento vão se transformando, de acordo o aparecimento de cada nova intervenção performática – e durante fechamento do evento haverá a ação performática do Chapeleiro Maluco III, onde o público é convidado a trazer sua concepção de mundo lúdico – através das fantasias.
            Toda renda arrecadada servirá para prática de montagem de estudantes de artes e música; além da compra de ferramentas novas para o GRUPO DE AGROECOLOGIA E PERMACULTURA UNIRIO que foram roubadas dentro do C.A – que fica no campus universitário de um espaço público Federal.


OBJETIVO GERAL
Desenvolver a capacidade de gestão de cultura e arte com responsabilidade ambiental e social, que implica elaboração, produção e execução de evento artístico aberto a comunidade universitária, como também para sociedade entorno dela. 
  
 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Incentivar a produção independente dos estudantes universitários que trabalham com cultura e arte.
- Divulgar pesquisas, produtos e ideologias, de forma dinâmica, lúdica e democrática.
- Proporcionar evento artístico cultural que visa interação com o público, inclusive, sendo convidado a vir fantasiado para participar da performance final com o chapeleiro maluco.
- integrar alunos e Diretórios Acadêmicos dos cursos de artes, Biologia, Ciências Ambientais, entre outros, em prol do resgate cultural da agricultura familiar, desenvolvimento artístico, incentivo a agricultura urbana, utilização de recursos naturais de forma sustentável e desenvolvimento de energia limpa, aproveitando-se da criatividade e interdisciplinaridade dos discentes.

METODOLOGIA/ATIVIDADES
Durante a ação ocuparemos o espaço do Jardim do CLA com: Performances circenses; Exibição de vídeos independentes; Intervenção musical; Instalações artísticas; Exposição de artes plásticas; Feira de produtos produzidos pelos estudantes.
O intuito é reunir o máximo de coletivos; agentes de cultura e arte; jovens e adultos que se interessam com a responsabilidade ambiental; dentro de um evento performático, segundo COHEN, 1989, a performance se caracteriza pela ação que acontece no momento. Neste sentido, ao juntarmos os artistas, em um ambiente temático, proporcionaremos alteração espacial, e, com vista na intervenção artística.
Para fazer o diálogo artistas-público, escolheu-se a temática do tempo, na perspectiva do Chapeleiro Maluco, que está aprisionado sempre na hora do chá (18:00h), devido ao seu conflito com este tempo. Partiu-se da proposição do conto “Alice no país das Maravilhas”, na visão de outro importante personagem (o Chapeleiro Maluco), para criarmos a ideia de intervir na Universidade durante “1/2 dia” – e a partir disto – pensamos em “sair do tempo” – por isso desenvolveu-se o evento com duração de 12 horas (14h às 2h) – recebendo o nome de “1/2 dia fora do tempo”.

Observação:
           Convidamos a presença do professor Paulo MIchelloto, atual decano da escola de artes cênicas da Universidade Federal do Estado de Pernambuco – departamento de teoria do teatro – membro/fundador do DIG – D’improvizzo GANG – grupo que faz ações performáticas de cunho social em todo Brasil e no mundo – havendo treinamento durante todo ano em projeto de extensão universitária na UFPE .
A aprovação em ata, pelo departamento de artes cênicas é de suma importância para conseguir apoio da PROEXT para presença do professor e da preparadora de elenco PoLLY Monteiro – fisioterapeuta – performista – cuja presença no evento será para além de performar – dar Workshop juntamente com o professor Michelloto sobre a arte da performance de cunho social. 


MATERIAL/RECURSOS
-Barracas para comercialização dos produtos (responsabilidade dos C.As que desenvolvem o evento).
- Materiais recicláveis para cenografia da performance.
- Equipamento de iluminação.
- Equipamento para projeção de vídeos.
- Equipamento de som para performances musicais.

APOIO ACADÊMICO E ESTRUTURAL (UNIRIO)
- Apoio gráfico (para flyer – banners - cartazes);
- Fornecimento de seguranças para as obras e instalações artísticas;
- Camisas para a equipe de coordenação e apoio no dia do evento;
- Cabos de energia; Iluminação; retroprojetores;
- Equipamento de som e microfones para anunciar as performances;
- Alimentação para equipe;
- Ônibus para transportar obras de arte;
- Elaboração de certificados de organização de projeto cultural e participação em evento artístico para equipe e participantes.

DATA/HORA/LOCAL
- Previsto para 11 de maio.
- A partir das 14h.
- Jardins do CLA – Av Pasteur 260, Campus da UNIRIO.

PROPONENTES/EQUIPE[5]
Lucas Leal – Estudante de Teoria do Teatro e Mestrando em Educação (Direção artística e Org. Geral)
Henrique Escobar – Estudante de Direção Teatral (Direção visual).
Dioclau Serrano – Estudante de Música (Direção musical)
Bianca Lopes e Nicolle Marengo - Estudantes de Cenografia (Direção Cenográfica e de Marketing)
Gustavo Cunha; Lucas Neves; Pedro Ribeiro e Rodrigo Monteiro – Estudantes de Ciências Ambientais (Direção ambiental e divulgação)

Orientação:
Professora Doutora  SYLVIA HELLER (atriz, performeira, designer visual) – Vinculo docente com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO - Centro de Letras e Artes  - Escola de Artes Cênicas - Urca - Rio de Janeiro – Brasil[6].

Equipe de Apoio[7]:
Barbara Sinedino (Licenciatura em artes cênicas); Rany Carneiros (Interpretação teatral); Mario Hermeto (Direção Teatral); Mariana Stolze (Licenciatura em artes cênicas); Joana Poppe (História); Thiago Tomazine (Turismo); Katharina Essus (Museologia); Gabriel Rocha (Publicidade - PUCRJ); Gabriel Miniussi (História); Michelly Barros (Teoria do Teatro); Clara Vignoli (Biologia); Ricardo Sorriso (Biologia - mestrado); Larisse Almeida (Arquivologia); Felipe Magalhães (arquivologia); Gabriel Wanzeller (Interpretação); Lina Rossweiller (Interpretação); Alonso Zerbinato (Interpretação); Naara Barros (CAL); Yndara Barbosa (CAL); Andrey Lopes (Tapa no bigode); Mariana D`amico (Interpretação).


REFERÊNCIAS
ADLER, Stella - Técnica da Representação Teatral, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1992.
ALENCAR, Eunice M.L. SORIANO de. O estímulo à criatividade no contexto universitário. Psicol. Esc. Educ. Universidade Católica de Brasília. 1997, vol.1, n.2-3, pp. 29-37.
AMARAL, Ana Maria, O ator e seus duplos: máscaras, bonecos, objetos, São Paulo: Ed.SENAC São Paulo, 2002.
ARTAUD, Antonin. O Teatro e seu duplo. Tradução por: Teixeira Coelho. São Paulo: Max Linonad, 1987
BARBA, Eugenio e SAVARESE, Nicola. A Arte Secreta do Ator. Campinas: Editora da Unicamp, 1995.
BEUCLAIR, Jõao. Quem aprende, ensina. Quem ensina aprende. Contribuições reflexivas através da psicopedagogia. Revista direcional educador. Ed 61. Fev/2010.
BOURDIEU, PIERRE. O mercado de bens simbólicos. In__ Estudos sobre as artes e o mercado/ A ECONOMIA DAS TROCAS SIMBÓLICAS, São Paulo, Ed:  PERSPECTIVA, 1986.
CARREIRA, Andre. Teatro de Invasão: redefinindo a ordem da cidade. IN_ LIMA, Evelyn F. W.(ORG). ESPAÇO E TEATRO: DO EDIFICIO TEATRAL A CIDADE COMO PALCO. Rio de Janeiro, Ed: 7 letras – FAPERJ, 2008.
CARVALHO, Enio. História e Formação do Ator. São Paulo. Ed. Ática. 1989.
COHEN, Renato. Performance como Linguagem. São Paulo, Ed: Perspectiva, 1989.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petropólis, Ed: Vozes, 1998.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Tradução Moacir Gadotti e Lílian Lopes Martin. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 1979. Coleção educação e comunicação. Vol.1.
GLUSBERG, Jorge. A Arte da Performance. São Paulo, Perspectiva, 1980.
GOMES, Jõao Carlos Costa. Bases Epistemológicas da Agroecologia. Agroecologia. Principios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável. Embrapa Agrobiologia,2005.517 p.
GROTOWSKI. Em busca de um teatro pobre. In: (conferência data?). Tradução por Aldomar Conrado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1987.
HALDER, Severin Johannes Baptist; MENDONÇA, Marcio Mattos de; Monteiro, Denis. Agricultura urbana: natural aqui do Rio de Janeiro. Disponível em: <www.aspta.org.br/programas-de-agriculturaurbana/parceiros> Acesso em: Março de 2012>.
JACINTHO, C. R. S. A Permacultura e o Paradigma Ecológico na Extensão Rural: Uma experiência no Assentamento Colônia I Padre Bernardo Goiás. 139 p. UnB, CDS, Tese de mestrado, 2007.
JESUS, Eli Lino de. Diferentes Abordagens de Agricultura Não convencional: história e filosofia. Principios e técnicas para uma agricultura organica sustentável. Embrapa Agrobiologia, 2005.517 p.
MAIA, Dirce Guarda; CARREIRA, Andre (orientação). Corpo e obra: reflexões sobre o corpo na linguagem performática. Disponível em: www.ceart.udesc.br/Pos-Graduacao/revistas/artigos/dirce.doc
MIRALLES, ALBERTO, Novos Rumos de Teatro. – Rio de Janeiro: Salvat Editora, 1979.
READ, Herbert. O Sentido Da Arte. São Paulo: ed.IBRASA (Institução Brasileira de Difusão Cultural S.A),1976.
SCHECHNER, Richard. O que é performance? Revista O Percevejo, Tradução Dandara, Rio de Janeiro: UNI-RIO, ano 11, 2003, p.25-50.              
STANISLAVSKI, Constantin. A preparação do ator. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.
________________________, A construção da personagem. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.                                                                 
       
Blog do D’Improvizzo GANG (DIG): http://dimprovizzogang.blogspot.com/

  

ANEXO1 (camisa)[8]:





ANEXO2 (Rifa)[9]:




ANEXO3 Mapa:



ANEXO4: Programação



CHAPELEIRO MALUCO EM PARTES (EVENTO III)

ver no link: http://www4.unirio.br/Conteudo/Eventos/Detalhes.aspx?id=DMlrHJAY5DE=

SOBRE O EVENTO...
½ DIA FORA DO TEMPO... 
... não é só um simples evento de cultura e arte...
...É um projeto de pesquisa... de extensão universitária... 
...que, com orientação da Performeira Prof. Dr. Sylvia Heller, da Escola de artes cênicas, departamento Interpretação teatral, busca desenvolver ações com intervenções performáticas em espaços públicos...
...transformando-os para além de uma antiga concepção de espaço cênico... 
... a ideia é entender o espaço público como cenários...
... as pessoas como tintas...
... e as cores? Cada um com a sua própria... moldando... mudando... este é o reflexo da nossa releitura do conto "ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS" - estudantes da UNIRIO, coletivos e parceiros... VENHAM SONHAR, VENHAM PINTAR, TRAGAM ALGUMA COISA PARA CONSTRUIR CONOSCO ESSA INTERVENÇÃO!

* A PARTIR DAS 14H DO DIA 11 DE MAIO OFICIALMENTE - PARA QUEM QUISER AJUDAR, DESDE AGORA! ABRAÇOS

Carta para o povo:
Os Maia consideram O DIA FORA DO TEMPO como uma grande oportunidade de reciclar, recomeçar, recarregar as energias, liberar o que já não é mais preciso, agradecer por tudo que foi recebido no período anterior em todos os aspectos. No Conto ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS o chapeleiro maluco estava brigando com o tempo.... CONDENADO A FICAR ETERNAMENTE NA HORA DO CHÁ... e nós, pensando no coitadinho e nos dias de hoje, com internet, facebook, iphode, coisa e tal e coisa aquilo... DECIDIMOS DEDICAR 1/2 DIA FORA DO TEMPO... já que os recursos são poucos, e, estamos em uma UNIVERSIDADE né galera? então não dava pra ficar um dia todo fora do tempo... a vida corre... sabe como é? beijos e queijos
*1/2 dia fora do tempo

½ DIA FORA DO TEMPO

PARTE I - O PAÍS DAS MARAVILHAS
Cores, sonhos, diálogos e desejos. Como queremos o mundo? É possível conseguir o impossível? Quantas coisas impossíveis você pensa todos os dias? Quantas você tenta tornar possível? Ser, estar, ficar... deslocar, invadir...

PARTE II - “ GUERRA”: EXÉRCITO BRANCO X Exército Vermelho
Formas, estéticas, estudos, pesquisas, a arte que desejamos é aquela que produzimos? A arte que produzimos é aquela que...? Em uma guerra todos perdem... e, entre mortos e feridos... fica lá o espaço ocupado... ficam lá os retratos de fatos, que, nem sempre registrados, fizeram parte da História de diversas vidas... de que lado você está? QUANTOS LADOS EXISTEM EM UM QUADRADO? E em um jardim?

PARTE III - A Chegada de Alice ao mundo do Chapeleiro Maluco III
Por se intitular assim, e, por perceber as incoerências da sociedade de forma tão lúcida, em seu mundo, todos são estranhos na medida em que discordam da maneira como a Rainha vermelha conduz o mundo subterrâneo. Sempre com aquele olhar característico, de quem acredita que o mundo podia ser melhor, colorido, igual nos sonhos, igual percebemos quando chega algum “visitante” e fala que o nosso JARDIM É LINDO... a UNIRIO É LINDA... DIVERTIDA... o Chapeleiro quer Alice por perto... ela é apenas uma imagem dentro do espelho. Para transformar a imagem em fato... nada melhor do que um pouco de palhaçaria...

PARTE IV - “OS MAIAS.com/omundovaiACABAR”

O Dia-Fora-do-Tempo é um dia especial da cultura galática, previsto para celebrar o processo evolutivo da humanidade. Segundo o calendário Maia, no dia 26 de julho inicia o ano da Tormenta Elétrica Azul, um dos últimos períodos do Espelho Lunar Branco. Multidões de pessoas em todo o mundo fazem a Meditação da Ponte Arco-íris e se preparam para o recebimento do novo ano galáctico, alinhando-se com a natureza e sua constante transformação. O Dia-Fora-do-Tempo é considerado um momento de grande intensidade energética, no qual os seres de luz trabalham para alinhar a humanidade com a harmonia do Universo.”

...Como não estamos em Julho, sem somos os maias... CONVIDAMOS a comunidade acadêmica, amigos, coletivos, artistas, “coisa e tal e coisa aquilo” para no dia 11 de maio de 2012, ficarmos ½ DIA FORA DO TEMPO...

...SABE COMO é... a vida anda corrida, muita coisa para facebookear e googlear pela internet, iphone, ifode, “ninguém me segura e comigo ninguém pode”,  trabalhos e aulas... projetos e sonhos... NÃO DAVA PARA FICAR UM DIA INTEIRO FORA DO TEMPO...
.
..TODOS FANTASIADOS... A PARTIR DAS 22H

PARTE V - Por que vou para o chá do Chapeleiro Maluco (III) {papai, mamãe, titia}...?
 No Título Original: A Mad Tea Party... Alice foi convidada para uma festa de chá de loucos, onde estão presentes o Chapeleiro Maluco, a Lebre de Março e o Arganaz que permanece adormecido durante uma grande parte da festa. Todos eles desafiam Alice com enigmas lógicos, porém, estes revelam uma incoerência nas suas declarações. O Chapeleiro Maluco revela que está perpetuamente destinado a beber chá porque o Tempo puniu-o em vingança, parando o tempo às 6 da tarde, a hora do chá. Alice sente-se insultada e cansada de ser bombardeada com tantos enigmas, saindo imediatamente da festa, afirmando que esta era a festa mais estúpida de chá em que já tinha ido. Entretanto, encontra uma porta (com poesias) em um tronco de uma árvore... e entra, voltando para o local inicial (antes de entrar no mundo subterrâneo propriamente dito). Desta vez ela abre primeiramente a pequena porta, depois come um pedaço do cogumelo que estava guardado no bolso e por fim entra apressadamente no tão desejado jardim... ou seja, queremos OCUPAR A UNIRIO.
Nosso coletivo de performances misturou o conto Alice no País das maravilhas, com a mística dos maias, colocando os trabalhos produzidos pelos estudantes para ocupar o jardim da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. A ideia do coletivo é trabalhar com intervenções em espaços públicos, nos apropriando deles como cenários. Não queremos poluir a UNIRIO... chamamos o máximo de pessoas que foi possível, sem verba, sem material, na “cara e na coragem...” / buscamos trazer alegria e arte, mostrando que O NOSSO JARDIM pode ser ocupado com respeito.

E saímos em algumas mídias...

Universitários promovem evento com performances e atividades, que incluíram pintar o jardim da UNIRIO
Publicado em maio 12, 2012 por meritinaweb


























No fim da noite, a performance/festa “Chapeleiro Maluco III” contou com a irreverência de vários alunos fantasiados
No dia 11 de maio de 2012, o evento “½ Dia fora do tempo” movimentou o Centro de Letras e Artes (CLA) da UNIRIO, na Avenida Pasteur, na Urca, Rio de Janeiro.
Contando com performances e atividades que começaram às 14h horas, o evento também teve uma ação que deu início a programação antes mesmo do horário previsto: às 9h, munidos de tinta e pincel, um conjunto de alunos pintou todo o jardim do CLA.
Segundo o site da UNIRIO, o projeto “½ Dia fora do tempo” tem como meta desenvolver ações, estratégias e táticas para intervenções performáticas em espaços públicos de modo que esses locais sejam também cenários. A intenção é criar uma nova concepção que rompa com a antiga ideia de espaço cênico.
Durante a tarde, foram realizadas atividades como uma oficina de improviso, com o Diretor Teatral Mario Hermeto e  uma oficina de Elaboração de Barraca Orgânica, com o Grupo de Agroecologia e Permacultura da UNIRIO.
Fechando a programação, uma grande festa a fantasia animou os universitários e visitantes, que acompanharam bandas como Café com Boldo e os Dj’s Tex e Alexei Michailowsky até às 2h da manhã.

Alguns links (nem todos funcionam atualmente...)





PARA VER NO PREZI.COM ALGUMAS FOTOS:

Sobre o projeto:



obs1: Por ser uma pesquisa extensa, a postagem também ficou extensa, imaginem como ficará a monografia... beijos e queijos...


OBS2: Nesse evento tivemos o prazer de ver o surgimento do TRIO MEIOTA... uma galera muito foda, que convidei individualmente, lá eles se juntaram e tiraram onda... banda foda... 

saca ai no face: https://www.facebook.com/triomeiota/info/?tab=page_info


Obs3: Faltou comentar sobre a ilustre presença da Radio Legalize. A galera ai da quebrada a muito tempo discutindo questões de descriminalização no uso das drogas. Todo agradecimento seria pouco, inclusive fica ai o link pra vocês curtirem: 

https://www.facebook.com/RadioLegalize/?fref=ts




[1] Sobre o evento que ocorreu em 2011 só achei no ar algo no seguinte link http://www.teatrodeoperacoes.com/en/?/more/UNIRIO/  na época do evento saiu no link que está fora do ar: http://dionisiacasuniversitarias.blogspot.com.br/2011_09_01_archive.html
[2] Infelizmente criei o evento online  ainda com um perfil antigo no facebook, que depois transformei em página, daí o evento sumiiu. A fanpage do grupo criamos somente após esse evento. Ver no link: https://www.facebook.com/MeiodiaForadoTempo
[3] Há uma simplificação da pesquisa aqui, profundidade que só poderemos verificar na monografia de conclusão do curso.
[4]Alice no País das Maravilhas (título original em inglês: Alice's Adventures in Wonderland, frequentemente abreviado para "Alice in Wonderland") é a obra mais conhecida de Charles Lutwidge Dodgson, publicada a 4 de julho de 1865 sob o pseudônimo de Lewis Carroll. Para ver mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alice_no_Pa%C3%ADs_das_Maravilhas

[5] Agradeço a todos... por tudo... de coração.
[6] Na próxima postagem veremos como o projeto continuou até 2013.1 orientado pela referida professora e como deixou de ser.
[7] Há pessoas que não estão aqui, e agradeço da mesma forma e há pessoas aqui que não contribuíram tanto, mas, obrigado mesmo assim.
[8] Fizemos apenas com stencil, poucos modelos. Ainda tenho a minha e agradeço o amigo Rodrigo Monteiro de ciências ambientais.
[9] Tomei um puta prejuízo com essa rifa. 

domingo, 8 de novembro de 2015

Roteiro (não filmado)_ Curta "Amora, amor e Maria"


Fiz esse roteiro pensando em duas atrizes, mas, ainda não tive condições de colocar para frente. Mas faço questão de publicar com o nome delas. Uma, é uma excelente professora que tive em Artes cênicas - Teoria do Teatro, na UNIRIO. A outra, colega de turma, de várias disciplinas, é uma pessoa que me causa curiosidade cênica. Ambas me despertaram para escrever o curta, que, quem sabe, ainda gravaremos (SERIA UM SONHO).  

foto no alto sé de Olinda-PE (eu, entre máscaras gigantes, só para causar inveja na colega Socorro)

AMORA, AMOR E MARIA
(Um curta escrito por Lucas Leal)


Para  Flora Sussekind e Socorro Bezerra.


Em cena
Duas atrizes de Meia idade.

Elas se encontram para falar coisas banais da vida.

Argumentação
Amora, cabelos soltos, loiros, sorridente, é uma pessoa extremamente ausente do mundo social. Perdida entre seu mundo e um mundo familiar que não a compreende, busca em Maria, apoio moral que nunca encontrou entre os entes queridos.

Maria é de família humilde e conheceu a senhora Amora durante uma visita ao museu da república (locação 1).

As duas, aparentemente vestidas com o mesmo estilo social de classe média alta burguesa, discutem o impacto estético da obra visualizada (um retrato de uma mulher nua feita por “Heitor Correa” ou ”Andreia Sobrera”, dar take na imagem).
 
Cena 01_ Interior do Museu, dia.

Maria entra tranquilamente e observa as obras.
Amora, agitada, sem falas, fala com os olhos do incomodo que está lhe causando determinada obra.
Maria, sorridente e silenciosamente, encosta em Amora (ombro com ombro) e observa tal obra. (Uma mulher nua).

Começa o diálogo.
Amora
Essa obra não faz sentido.

Maria
Qual sentido transmite a obra que faz sentido?

Amora
O sentido de sentir.

Maria
Estou sentindo.. (Interrompida bruscamente por Amora)

Amora
Com essa obra?

Maria
Não, o sentido do sentimento do que você está querendo dizer que não está sentindo com essa obra.

Amora
Faz sentido
(Corta cena, imagens da rua em frente ao museu)

Cena 02 Ext. Palhaços, mágicos e malabaristas.
Em frente a praça uma cena circense.
Take em rostos de crianças sorrindo.
Take na imagem das senhoras sorrindo
Cena 03 Ext. atrizes correndo do museu (de mãos dadas)
.
Amora
Essa obra faz sentido.

Maria
sentido de fazer sentir

Amora
O sentido de sentir.

Maria
De sentir o nosso amor

Amora
De sentir o seu amor

Maria
De sentir o meu amor

Amora
Faz sentido

(CORTA PARA OS  PALHAÇOS)


- FIM -