sexta-feira, 26 de março de 2021

Reflexões de ações: sonhos, delírios e realizações (Eu doutor?)!!!!

 





Reflexões de ações: sonhos, delírios e realizações (Eu doutor?) (26/03/2021)

(Por: Lucas Leal)

 

SEXTOOOOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUUUUU

 

Eu devia estar pegando na minha defesa de doutorado que será dia 31/03/2021 (Amém). Mas, essa semana, alguém falou que leu meu blog. Que legal. De qualquer forma, o texto não se trata disso e sim do que estou sentindo agora.

 

Não é possível ser você mesmo?

Quanto mais fazemos, mais exigem?

 

Sinto-me preso nessa incapacidade de reciprocidade de conexões, onde medimos o que sentimos e racionalizamos o que pode acontecer. Comandamos, mesmo sem saber disso, a distância.

- Pandemia, Lucas!!!! (Gritam uns...)

 

Tudo bem, e a vida segue... eu vou seguindo e as coisas vão passando com o tempo... buscamos não sentir nada muito profundo por ninguém porque é impossível ser profundo e não se machucar... diminuímos nossa intensidade porque ela assusta e até espanta (inclusive o próprio EU não aguenta).

Diminui o ritmo, finge que não sentiu, que aquilo que falaram é normal, aceita um pouco de conversa (quando respondem) e tudo certo. A vida de cada um é um desencontro da sua própria vontade de ser.  Não conseguimos ser. É inviável. Eu sou as fotos do instagram, o que posto no facebook, e aquilo que interpretam.  Olham a virtualidade como real e criam pensamentos.

 

De repente, de uma hora para outra, queremos e não queremos mais conversar com aquela pessoa. PQP hein? (Lucas não pode falar palavrão porque é professor).

 

Ai me falaram para pensar se cada relação que tenho tem algum futuro e se me faz bem. Qualquer relação que seja, tem que ser recíproca. Tem que ter carinho e amor. 

"ESSA RELAÇÃO NÃO TEM FUTURO E ME FAZ MAL. (NÃO FALAR)" (Colei no quadro de casa)

E me instigaram a me olhar todos os dias no espelho.

"JÁ SE OLHOU HOJE? (VALORIZE-SE SEMPRE)"

 

Estava morto, por muitos anos. Entrei na Universidade com 17 anos, e espero, na próxima semana, defender essa etapa do doutorado, que me revirou. (Para entrar em outro curso logo kkkkk)

 

- Morei e trabalhei em diversos lugares entre 2016-2021.

- Operei os rins em 2017. Morri legal ali... Até hoje sinto dores.  (Lucas não pode sentir dor, ele é privilegiado).

- Sofri. Investi no que achava que era o que queria (artes) e sofri o dobro. 2019.

- 2020 Pandemia, melhor nem comentar.

- 2021 O resgate... agradecimentos... e seja o que deus quiser. Cheguei de carona no RJ em 2009, não conhecia nada, nem a mim mesmo (que ainda estou descobrindo) e atirei para onde podia ir.. entrei e sai de todos os lugares que pude da melhor forma. Resisti a mim mesmo, meus delírios e minhas ansiedades. Seja o que for, eu cheguei até aqui consciente. Lembro de cada detalhe de cada dia que vivi. Fiz um esforço enorme para ser quem sou (e nem sei dizer o que significa isso). Eu sou quem pude, como deu, e sim, faria muita coisa diferente, inclusive hoje... não postaria nada, esperaria ser aprovado, para mostrar o quão sou bom e ganhar likes. Esse não é o Lucas que vocês conhecem, né verdade? Sou esse Lucas que escreve assim, falando o que está sentindo e agora eu só penso no quanto me modifiquei ao longo da caminhada e os baques que tomei para entender que precisava refletir. A ansiedade de saber o resultado do doutorado e o que a banca vai falar do material que apresentei... é evidente que estou ansioso. Quando eu tinha 17 anos, minha família achava que eu ia fazer arquitetura, alguns amigos próximos achavam que seria educação física, e eu fiz História. Era a coisa mais revolucionária que eu imaginava na época depois de assistir Cidade de Deus com my friend Leandro Firmino (Zé pequeno porra), que tive o prazer de entrevistar no mestrado (2011-2013). Olha quanto tempo se passou... quantos Lucas eu tive o prazer de ser e não ser... Cheguei jovem, e estou saindo um jovem adulto. Queria melhorar ainda mais (será que melhorei?). Queria mostrar o quanto eu posso ajudar quem quer minha ajuda... e aprendi que agora eu preciso me ajudar primeiro. Focar em mim (mesmo eu tendo feito tudo focado em mim, preciso mais). Quem sou eu na minha própria história de vida? Por que as cores das meias importam? E vamos seguindo sem responder caceta nenhuma. O mesmo do mesmo.  Não preciso dar respostas, muito menos explicações. Depois do dia 31... serei  o mesmo... aprovado ou não... como falei para minha orientadora... saiu um professor melhor e uma pessoa melhor. Cada resultado terá um impacto. Terminei o mestrado em 2013, e desde então busquei o doutorado. São 8 anos da minha vida (Sorte né?). Nunca ia em praia, em cachoeira, juntando centavo por centavo... gastando o mínimo possível (hoje quero viver). Das viagens que fiz, e das coisas que eu me permitia, nunca estava livre, porque eu não era quem sou hoje. E quem sou hoje? Eu sou esse Lucas, que escreve para ele mesmo. Quando eu tiver 65 anos (Medo), quero ler esse texto, ouvindo bob Marley (como agora estou) e chorando (como agora estou).  Quero estar alegre, com filhos, netos, sobrinhos e adjacências. Isso é um sonho que persisto em não desistir. A busca por mim mesmo não se encerrará, mas quero um dia conseguir encontrar a busca pelo nós. Isso requer parceria, paciência e compaixão. Abdicar de querer ser para buscar sermos. Esse é o Lucas Leal que busco ser. Erro todo dia. Errei a  semana inteira. O mês inteiro. Errei de janeiro a janeiro.

- Li meu mapa astral online e posso dizer uma coisa, ESSAS PARADAS ACERTAM TUDO HEIN? KKKKK

 

UM BEIJO,

UM QUEIJO,

E UM ABRAÇO CARANGUEIJO

 











esses daí eu fui um dia... quem sou eu agora?





Nem eu sei....