segunda-feira, 20 de março de 2017

Será que eu assistiria a minhas aulas? Meus planos de 2017.1


  Na foto: Turma "Historiadores a contrapelo" Unicap 2007.1 (completando 10 anos ). Faltam alunos.



            Estive esses dias refletindo meu trabalho, minha existência, formas, formatos, questões, possibilidades, estratégias, ações, limites, intenções... porque precisava entender coisas para estar preparado novamente para lecionar no ensino superior. Sai 2014.2 da FFP-UERJ, e agora, 2017.1, inicio na UFF-Pádua. Vai ser um desafio enorme. Estou pronto? Espero que sim... e foi pensando nisso que tentei conversar com poucas pessoas sobre isso (minhas dúvidas). Até fiz uma pergunta online no facebook: Você docente, assistiria sua própria aula? É essa minha dúvida... será que vou fazer com que as pessoas queiram me assistir? Bem... foi pensando nisso que comecei meus planos de aulas, desde 23/02, quando entrei oficialmente como docente na UFF e recebi as disciplinas do semestre. Claro que é um risco enorme programar as aulas sem conhecer os alunos, como também é um risco enorme colocar os planos de aulas online. Viver é um risco. Teriam muitos outros caminhos para cada disciplina, e acredito que ao longo dos debates cada curso vai se moldando. Meu desafio foi construir um caminho em que eu, como docente, me sentisse pronto para mediar as questões, e claro, pensando em levar da melhor forma possível aquilo que acredito ser fundamental no campo específico que estaremos atuando (o que efetivamente só ocorre durante o semestre). Eu não queria entrar em sala, sem saber se eu mesmo assistiria a minhas aulas – como também tenho plena consciência que exista uma linha mínima para conduzir cada curso, e que nem tudo é definido pelo docente, mas sim pelo campo de atuação. Ex: algumas políticas que vamos trabalhar, elas independem do Lucas, ou de cada aluno, e vamos estudar os processos de surgimento dessas políticas – dessa forma, encontraremos o “por quê?” de estudarmos a questão. Como vamos chegar às respostas objetivas de cada curso? Através de uma estrutura acadêmica, que eu tive oportunidade de estabelecer ao longo da minha formação e pelas determinações do departamento que faço parte. Todo educador deve saber que não é fácil escolher o caminho do curso, e que há “clássicos” e “novidades” em todas as áreas – acredito que na Universidade – meu papel será mediar essas possibilidades de entendimentos... dentro da possibilidade de especificidade de cada curso em que eu estiver coordenando.  Em resumo, fiz alguns planos de aulas e convido todas e todos a dar uma olhada e ir curtindo aos poucos comigo... muita coisa pode mudar, principalmente as datas de cada texto/tema, até porque surgem atividades durante o semestre e isso é sempre uma negociação. Em determinados períodos eu já adotei esquematizar por temas e textos, sem determinar as datas... dessa vez vou pelas datas, por conta de estar com muitas atividades, penso que fico “mais organizado” assim.  

Abaixo Link dos eventos (com a data de encerramento da disciplina), na descrição do evento tem o planejamento do curso:

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO INCLUSIVA (Quartas de 16h as 18h)
Evento da turma: 
https://www.facebook.com/events/1852594955005198/

DISCIPLINA: METODOLOGIA DE ESTUDO E PESQUISA (Quartas de 18h as 20h)
Evento da turma: 
https://www.facebook.com/events/400652460293505/

DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO III (Turma B - Quartas e Quintas de 20h as 22h)

DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO III (Turma A- Quintas e sextas de 07h as 09h)
Evento da turma: https://www.facebook.com/events/1449978721700967/

DISCIPLINA: MOVIMENTOS SOCIAIS e EDUCAÇÃO POPULAR NO BRASIL (Quintas 09h as 13h)
https://www.facebook.com/events/213106362509420/

Para ter acesso aos textos:
1- entrar no grupo: Grupo no face: https://www.facebook.com/groups/1143804699015178/
2- Solicitar por email: lucaslealhistoria@gmail.com














quinta-feira, 9 de março de 2017

31 anos, mudei muito. Parabéns para mainha...



Minhas amoras... Mainha, Mel (xodozin, me lambendo) e kikinha no meu colo... Nas fotos, meu irmão Pablo com vovis e eu dançando maracatu. 



                Tenho lido alguns pensamentos de uma pessoa na internet, e até falei para ela quase agora, “engraçado, porque as coisas que você escreve e questiona eu já pensei um dia”. Faz parte do processo. Coloco isso porque eu estou me questionando desde o meu aniversário de 31 anos, o quanto eu tinha vontade de falar, fazer, viver. Eu fui fazendo, vivendo.  E não acho que pedi tempo em nada. Não fiquei “panguando”, sem estudar, sem trabalhar, nem também considero que alcancei tudo. Ontem tive primeira reunião na UFF, no departamento que está me recebendo muito bem como docente. Eu quero muito, nessa oportunidade, ter momentos grandes, de descobertas, de perceber alegria nos alunos em cada encontro comigo. Espero fazer companheiros de trabalhos, de sonhos, de trocas e de mudanças... vou levar tudo que tenho de bom, sem esperar nada em troca. Eu só quero mostrar um pouco de como penso e de como as pessoas podem pensar, através das ciências, e compreender possibilidades distintas das que nos são impostas. Podemos sempre mais. Fiz algumas viagens, e para ser honesto com vocês, eu viveria só viajando... um pouco em cada lugar... porque em cada lugar posso aprender mais e mais.. e fico feliz em estar em qualquer lugar... jaja, para construir minha tese, terei que viajar... eu nem acho que esse lance de Universidade é o mais importante, foi algo que  foi aparecendo... gosto de ler, de escrever... de falar... mas percebo dificuldades na comunicação – do dia a dia... do convívio... as relações...  e sinceramente, eu realmente me arrependo de muitaaaaaaaaaaaaaaa coisa. Quando falo que “não panguei”, por um lado, as vezes, eu sinto que poderia ter sido tudo diferente. A Cecília Dassi até publicou algo sobre isso, que não adianta se lamentar do que passou e ficar pensando que poderia fazer diferente. Esses acontecimentos são suas experiências. Fizeram quem você é hoje. Para mim, está muito mais do que claro que muitos momentos eu somente precisava ter olhado a situação,  e me calado. Tanto escrevi sobre a importância do silêncio. Vira e mexe percebo-me falante novamente. Mas, mais do que falar, eu preciso ouvir... preciso ouvir o que as pessoas querem falar, sem necessariamente concordar – tampouco sem necessidade de discordar. Posso simplesmente ouvir. Escrevendo parece mais fácil. No entanto, estou querendo dizer, que naqueles momentos que ficamos nervosos, ou decepcionados, não são quem somos de verdade – e não há nada, nem ninguém, que mereça que você perca essa paz. Podemos ficar tristes, cansados, ver que algo não deu certo... Muita gente, desde sempre, me apontava como “errado”, e eu lutei, para conseguir entender... até que entendi. E aceitei. Eu realmente poderia ter sido outra pessoa em muitos momentos. Agora, tirando este blog, e uns grupos de veganos no facebook, evito comentar qualquer coisa sem pensar direito (até em sala de aula), sem ser comentário fora das teorias debatidas – ou que possa causar desconforto. Apontamentos e exemplos, são muitos. São muitos temas. Eu conheci muita gente. Ainda vivo conhecendo gente. Cada vez mais gente. E é preciso estabelecer um parâmetro de mim mesmo diante disso tudo. Viver, ser eu, ser quem querem que eu seja, ser qualquer pessoa, menos a que eu não quero ser. Como disse no começo, hoje só quero que a cada encontro meus alunos queiram me encontrar e estejam alegres pelo encontro – pelo máximo que estudar seja um saco. Eu vou tentar fazer o meu melhor para que eles gostem do que estivermos conversando em sala.

*Escrevi o texto 07/03, mas resolvi postar somente hoje, dia 09/03, porque é o niver de mainha. Como as postagens aqui tem muitas visualizações, fico feliz de vocês transmitirem toda energia positiva para dona Maria das Graças Magalhães Leal – mainha. J

**Eu tenho muitos objetivos na vida ainda – um pouco menos de pressa... mas, muita coisa que eu ainda quero fazer é para ver minha mãe feliz. As famílias são um mistério – e sobre as relações e situações – lembram? Algumas acontecem para nos mostrar pouco a pouco o que devemos seguir... eu consegui encontrar, em 31 anos, um pouco do que me faz ser alguém melhor... os estudos, o ensino... reflexões diárias sobre meus conceitos e posicionamentos.. isso me faz ser alguém melhor... e aprendi isso com minha mãe. Ela sempre me valorizou e me deu forças quando eu realmente estava sem saber se as coisas iriam ficar legais. Nada na vida é fácil, e eu reconstruo minha história “a contrapelo”... tento sempre reconstruir... mudar, desviar, calar, ouvir, conviver melhor... tudo isso é muito importante para estarmos melhor com a vida... e minha mãe, por tudo que viveu, mostrou para mim como é importante você cumprir com suas palavras... graças ao bom deus, tudo se encaminhou da melhor forma na minha vida, e tenho toda certeza que melhores coisas vão acontecer, porque estou cada vez mais motivado para tudo ser melhor...

Dia das mães ano passado fiz uma musiquinha para ela.. esse ano resolvi somente desejar o melhor... ela sabe tudo de bom que tenho tentado fazer para nossas vidas. Mainha.. bjoocass

link da música dia das mães:

http://nemculturanemnepotismo.blogspot.com.br/2016/05/uma-musica-para-minha-mae.html



Beijocas

Lucas Leal