sexta-feira, 18 de novembro de 2016

18 dias, 2 frigideiras, 2 panelinhas e uma cuscuzeira: Relendo Raízes do Brasil!!!!



    Eu de Low durante a última aula da Minha turma de Educação, artes e Ludicidade na FFP-UERJ (2013)




             Este mês foi muito importante. Estive bastante focado em deixar as coisas do lar da melhor forma possível dentro do meu padrão de necessidades e expectativa de vida. Morar em Niterói é bem diferente do Rio de Janeiro ou o Lucas de 2016 é bem diferente do Lucas de 2009?  Certamente as duas respostas me levariam para uma reflexão das raízes de mim mesmo. Reler-me. Reinventar-me. Não como homem cordial, no sentido de polido. Homem cordial no sentido democrático. Um Lucas que tenta ouvir mais (mesmo as vezes não conseguindo heheehehe); um Lucas mais envolto com necessidades sociais, mas também, particulares. Cuidar do corpo, da mente, da casa, dos pensamentos, dos relacionamentos... certamente  as raízes de 2009 me fez montar uma casa sem tantas firulas ou luxos. Não poderia ser diferente. Eu gosto de ser assim... de ter pouco e simples... mas que funcionem e que agilizem minhas atividades diárias, iguais as suas, comer, dormir, estudar, trabalhar e receber amigos... o Lucas cordial só consegue existir em sua própria particularidade, do seu próprio ritmo de ser e de estar em um espaço. Esse Lucas cordial, não é o mesmo Lucas social, que te encontrará na academia e brincará ou conversará sobre futebol. Há também o Lucas professor, orientador de monografias, esse certamente poucos conhecem... Há o Lucas PerforMAN, e este sim, por vezes sinto falta. Há os vários Lucas que cada um de vocês podem criar e imaginar... interpretar e reinterpretar. O Lucas cordial, de raízes amorosa, simpático, alegre, batalhador, prestativo, amigo, ou todas qualidades que o Lucas escritor imagina, será sempre uma visão literal, particular, reinventada por mim mesmo, sobre quem posso ser. O Lucas cordial tem que aceitar o Lucas Pankeka que persiste no imaginário Olindense e claro, o Lucas Chapeleiro Maluco da Unirio. O Lucas que o escritor queria ser, passa por esse Lucas raízes e aí, tal como “reler Alice no país das maravilhas” como Raul Seixas (e eu...) é bom reler “Raízes do Brasil” de Sérgio Buarque de Holanda. Reler-se também é fundamental nesse processo de ser múltiplo. Eu também posso ser o Lucas biológico-social. Branco, olhos verdes azulados, cabelo liso, de família de classe média, e que pode representar um infinito de imagens sobre isso tudo. O Lucas escritor, quem acompanha o Blog, e principalmente meu Jornalzinho alternativo “Antes que o Sol desponte”, compreende o lírico poético. Um EU exacerbado, que por vezes, não coube em si. Que foi outros. Que teve dificuldades de compreender o ir e vir, tanto do tempo, quanto das pessoas que cruzamos na estrada da vida. O Lucas, poeta, social, palhaço, professor, transeunte das ruas, andarilho das praças, sorridente porque tudo deveria ser engraçado mesmo... ahhhh... ahhhhhh... este Lucas talvez, e quem sabe, somente o Lucas escritor poderia descrever. Aos amigos da vida, da internet, do além, só resta agradecer por ler o Lucas escritor e acreditar, se possível, que o Lucas que eu gostaria de ser, exista de fato... que um dia você o conheça, como o Lucas cordial conheceu, como o poeta idealizou, o ator dramatizou, transfigurou, enquanto o diretor e produtor tentavam construir estéticas e possibilidades de marketing para o Lucas 143 personagens (que se resumiu na tentativa de 14 personas...). Ahhhh... ahhhhhh... quantos textos, cartas, poemas, poesias, histórias, relatos, fatos , contravenções e distorções sobre tudo isso?: Por quantos estágios de percepção eu, Lucas escritor, fui levado pelos vários Lucas citados? Quem poderia compreender tantos eus, se não eu mesmo, leitor de mim mesmo? No final de tudo... se é que tem um final, o livro de Serginho, my brother historiador, hahahaha, me fez repensar tudo que eu já tinha pensado e escrito. Fazendo isto, o Lucas cordial, aquele que se você tentar vai ser possível uma conversa, ainda presa por falar o que pensa, mas que agora repensa o que pensa, antes de falar e escrever. Rever. Revisar-se... 


OBRIGADO SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA e todos os estudiosos que conheci (o pessoal da limpeza, das cantinas, Nado e todos os vendedores das portas das escolas, professores, ex-professores, decanos, reitores, colegas de sala e de Universidades... familiares e pessoas que cruzei nas ruas, nas viagens, na internet... todos vocês me fazem repensar sempre... )



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