terça-feira, 20 de novembro de 2018

Guia sobre a segurança das mulheres online


Olá pessoal,

Apesar dessas eleições, em 2018 tenho muito que comemorar.


Primeiro quero começar divulgando um print de um email que recebi do blog Geledés, que acompanho para recolher dados para tese de doutorado em Política social.

Missão dada, missão cumprida, fica ai a divulgação de um excelente canal de segurança das mulheres online.




Olá,
Notei que você mencionou geledes.org.br aqui nemculturanemnepotismo.blogspot.com/2017/09/, e gostaria de expressar meu agradecimento em relação ao seu trabalho em prol da promoção das mulheres. 
Além disso, gostaria de sugerir que você compartilhe um guia importante sobre a segurança das mulheres online, o qual foi disponibilizado recentemente. Ele foi escrito por mulheres para mulheres, com o objetivo de capacitá-las a se proteger online.
Gostei da forma como elas indicaram algumas dicas para cada uma das situações, além dos itens que podem ser colocados em prática.
Obrigada por ajudar a proteger as mulheres online,    
Jennifer



Abaixo aproveito para divulgar o planejamento do minicurso que dei na UFPE durante a semana nacional de ciência e tecnologia:




CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE (UFPE)
SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Minicurso
Cinema e mulheres: Aula ao vivo e online sobre Pobreza e desigualdade social!

Autor: Lucas Leal[1]



Introdução:
A ideia do minicurso é apresentar uma metodologia de ensino-aprendizagem que integra educação presencial com educação online (EOL). A temática específica sobre  as Mulheres e a população negra que discutiremos dialoga com a pesquisa de doutorado em Política Social do proponente; que discute desigualdades sociais, de gêneros e étnico-raciais no Brasil através do cinema. O minicurso organiza-se da seguinte forma:
1- Explanação dos conceitos teórico-metodológicos sobre formação Online para Educadores do Século XXI, que fundamentam as atividades educativas através do facebook.com e com filmes que constam no youtube.com;
2- Breve contextualização do surgimento das atividades e relato de experiências;
3- Comentários gerais sobre a temática do minicurso;
4- Assistiremos curtas-metragens; que servirão como “temas-geradores” para debates;
5- Exercícios coletivos de experimentação com a câmera;
5- Após encontro presencial, teremos fórum de debates online; em evento do facebook.com ; para quem participou da aula ao vivo e/ou quem assistiu online.

Amplia-se, reconfigurando, desta forma, o formato/espaço da “sala de aula”, com atividade ao vivo e transmitida online, justificando, consequentemente, que a temática educativa-social pode e deve fazer parte das mídias sociais e/ou redes sociais virtuais; principalmente pelo avanço das plataformas e aplicativos digitais.  
Pretende-se, com o fórum virtual, expandir o que foi trabalhado ao vivo e transmitido online, acreditando também na importância do registro que fica na rede social utilizada no bate-papo, podendo inclusive agregar mais pessoas para discussão, que por eventualidade ou distância, não estavam ao vivo, contribuindo com o tema gerado pelos filmes e pela aula. Acreditamos formar, com essa metodologia, professores e/ou profissionais mais engajados para o dia-a-dia das gerações pós-virtualidade.

Mini/curso (6h):

Fanpage:

Link do evento no facebook:

Programação geral do evento:

PRIMEIRO DIA (18/10):

1- Argumentos da tese: 1h
1.1 Pobreza e Desigualdade social no Brasil: Raça e Gêneros (30min)
- Motivos para escolha da temática?
- Objetivos da tese?
- Apresentação geral.

*Filme: Severinas (10min)

4

Severinas

https://www.youtube.com/watch?v=vt62puheabw

5-
Entre mulheres

https://www.youtube.com/watch?v=kvjzb7bwgg0


**Debate - Desvelar questões específicas do filme: (20min)

- Política social / Bolsa Família / Condicionalidade Escolar (intersetorialidade)

Perguntas importantes para pensarmos:
O que significa arte?
• Por que o Cinema é uma arte tecnológica?
• Qual relação entre Mulheres, pobreza e desigualdades sociais?
• Quais relações étnico-raciais e de gênero podemos levantar através da compreensão da ausência de mulheres cineastas?
Que ações devemos promover, como professores, para auxiliar a aprendizagem na através do Uso do cinema?

2- Buscando conceituações e metodologia: 1h
Mulher: Substantivo feminino – Origem da palavra Mulher: do latim muliere,[2]
a.Indivíduo do sexo feminino, considerado do ponto de vista das características biológicas, do aspecto ou forma corporal, como tipo representativo de determinada região geográfica, época etc.
b..O ser humano feminino, considerado em conjunto, ideal ou concretamente. "e Deus criou a m."

2.1 Sujeitoas Sociais, identidades (de gêneros, raça e sexualidades), feminismos e movimentos sociais: Cadê as pretas cineastas? Por que um homem branco falando desse tema?  (20min)
- Preparação teórica - Caminho epistemológico.
- Estratégias de compreensão do tema; fortalecimento dos movimentos sociais, dos movimentos feministas e novas formas de construções de masculinidades.
- Cultura do estupro; assédios x paqueras; enquetes na internet; o que é machismo; lutas contra patri(viri)arcado através da ideia de cinema como tema gerador.

*Filmes: (30min)

11

Esperanças - eu, mulher negra. (18min)

https://www.youtube.com/watch?v=lebhrbycdd4

17
Machismo - treta #36  (5min:15)

18

Feminismo radical - treta #34 (5min:15)

https://www.youtube.com/watch?v=wemxp0wkugy


**Debates: 10min
3- Explicação sobre as conclusões da tese: (20min)
Análises comparativas das experiências educacionais (conclusão da tese): Ensino Médio/técnico; Ensino Superior; Extensão Universitária. (20min)

4- Considerações do dia (Conversa filmada - transmitida): (40min)
- Gravação (1min – Individual)
- Colocações coletivas de todas/os as/os participantes sobre o discutido no minicurso (transmitir debate).


SEGUNDO DIA (19/10):

1- Exercício de “Cinema compartilhado” e “ver juntos”: (1h)
- Assistir as Gravações em formato de curta-metragem (1min – Individual)
- Assistir as colocações coletivas de todas/os as/os participantes (o filme como documento de pesquisa e análise social coletiva a respeito de um tema central).
- Novas gravações coletivas (transmitir)

2-Visualização de filmes (1h30h)

15
Brasil: uma história inconveniente
26
Kbela

**Debate final transmitido (30min)

3- Encerramento: Música - Coco das Manas no Projeto Cambada
4- Proposta de Atividade ONLINE para o tema: Participação em fórum de debate com base no Filme: “Mulheres: Tem alguém mais livre do que eu?”[3]

a) Fórum Online no Facebook:


c) Responda no evento do facebook: O que é ser mulher? Qual o papel das artes e suas tecnologias, como cinema, na/para/com a educação básica no Século XXI? É possível pensar o fim da “Cultura do Machismo?”

d) Recomenda-se participar comentando as postagens dos amigos de turma.

e) Curtiu? Dá um like na Fanpage: https://www.facebook.com/formacaosecXXI/

f) Para entrar no grupo privado (com ex-alunos) é preciso adicionar no face e se apresentar: https://www.facebook.com/groups/educadoresonline/


Recursos didáticos.
            Educação Online (EOL); Animação cultural; Prezi.com; Facebook.com (grupo; fanpage e evento); Youtube.com. Esse material consta de forma online, e há evento público onde amigos e ex-alunos podem acompanhar.
Após concluir a aula presencial, indico outra atividade online com cinema, disponibilizada no evento público em formato de fórum de debate virtual. Essa dinâmica faz com que cada membro do grupo relembre o que foi trabalhado em sala – e, no atual contexto da interatividade virtual, se apresenta como possibilidade para continuar problematizando a temática.
Para metodologia adotada é preciso uma sala com projetor ou TV com Hdmi; Computador; Caixa de som; alguma Câmera (podendo ser o celular) e Internet (preferencialmente); entretanto, já dei aula passando o vídeo no próprio celular. Criem suas formas.


Reflita com as tirinhas:


 





ANEXO

Capa da tese



REFERÊNCIAS:
ACSELRAD, Marcio. A teoria feminista vai ao cinema: configurações e reconfigurações do feminino na tela. Revista Vozes & Diálogos; Itajaí, 2015, v.14, n.1, jan./jun.
AGAMBEN, Giorgio. O que é um dispositivo?. Trad. Nilcéia Valdati. Ilha de Santa Catarina: Outra Travessia, 2005.
ALVES, J.E.D.;  CAVENAGHI,  S.M., .  Indicadores de  desigualdade  de gênero  no Brasil. Mediações, 2012, v.17 (2).pp.83-105.
AUMONT, Jacques. A imagem. Trad.: Estela dos Santos Abreu e Claudio C. Santoro. Campinas: Papirus, 1993.
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
BENJAMIN, Walter. O autor como produtor. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura.São Paulo: Brasiliense, 1994.
BOURDIEU, Pierre. O mercado de bens simbólicos. São Paulo, Ed: Perspectiva, 1986.
___________. Razões práticas: sobre a teoria da ação. São Paulo: Papirus, 1996.
___________. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. SP: Paz e Terra, 1999, p. 17-28 e 93-96 e 169-285.
CAMPOS, L.A. Quando raça não é igual a gênero: teoristas feministas e sub-representação dos negros  na  política  brasileira.  São Paulo: Alameda, 2015.  COMERLATTO, Dunia, et al. Gestão de políticas públicas e intersetorialidade: diálogo e construções essenciais para os conselhos municipais. Rev. katálysis [online]. 2007, v.10, n.2, pp.265-271.
COMOLLI, Jean-Louis. A cidade filmada. In: Ver e poder: a inocência perdida: cinema, televisão, ficção, documentário. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
CORREA, Mariza. Do feminismo aos estudos de gênero no Brasil: um exemplo pessoal. Cad. Pagu, Campinas, n. 16, p. 13-30, 2001.
DINIZ, Debora e FOLTRAN, Paula. Gênero e feminismo no Brasil uma análise da revista estudos feministas. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 12(N.E.): 264, setembro-dezembro/2004.
DUTRA, Paulo F.V,.Ensino médio em foco: a política pública de educação integral e profissional no estado de Pernambuco. Cadernos RCC#11. 2017, v.4, n.4. nov, pp.124-131.
___________. Educação integral no estado de Pernambuco: Uma política pública para o ensino médio. Recife: Editora UFPE, 2014.
ELIAS, Norbert e SCOTSON, John L. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade. RJ, Jorge Zahar Ed., 2000.
FREITAS, A.M.L.; GOMES, P.I.J,. Desigualdades de gênero, renda e pobreza no Brasil. Unimontes, 2013.
FRESQUET, Adriana Mabel (Org.). Aprender com experiências do cinema: Desaprender com imagens da educação. Rio de Janeiro: Ed. BOOKLINK-CIENAD/LISE/UFRJ, 2009.
GURGEL, Telma. Feminismos no Brasil contemporâneo: apontamentos críticos e desafios organizativos. Temporalis, Brasília (DF), ano 14, n. 27, jan./jun. 2014.
HERINGER, R, Desigualdades raciais no Brasil: síntese de indicadores e desafios no campo das políticas públicas.  Saúde  Coletiva, 2002, v.18, pp.57-65. 
HOLLANDA, Heloisa Buarque. A contribuição dos Estudos Culturais para pensar a Animação Cultural. Licere, Belo Horizonte, v.7, n.1, p.101-112, 2004.
JORDÃO, R. S. . A pesquisa-ação na formação inicial de professores: elementos para a reflexão. In: 27ª Reunião anual da Anped, 2004.
KERSTENETZKY, Celia Lessa. Welfare state e Desenvolvimento. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v.54, n.1, 2011, pp. 129-156.
LEAL, Lucas. Animação Cultural e Cinema na Extensão Universitária: Um Estudo de Caso  no Projeto Universidade das Quebradas (UFRJ). 165 f.; Orientador: Diógenes Pinheiro. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, RJ, 2013. Disponível em: https://docs.google.com/file/d/0B-sE2Ar37CoNQjl3NS1LcDAxTkU/edit
___________. Mulheres cineastas, feminismo negro e os movimentos sociais contemporâneos: experiências na extensão universitária. In: V Seminário Internacional Enlaçando Sexualidades, 2017, Salvador. V Seminário Internacional Enlaçando Sexualidades, 2017. Disponível em:
___________. Educação e cinema: Debates sobre sujeitoas sociais, feminismos e construção de masculinidades. In_ Anais XIII CONAGES v. 2, 2018, ISSN 2177-4781- Disponível em:
MALTA, Renata Barreto; OLIVEIRA, Laila Thaíse Batista de. Enegrecendo as redes: o ativismo de mulheres negras no espaço virtual. Revista GÊNERO, Niterói, v.16, n.2 (p. 55 – 69) 1.sem. 2016.
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SANTOS, Giselle Cristina dos Anjos. Os estudos feministas e o racismo epistêmico. Revista GÊNERO, Niterói, 2016, v.16, n.2 (p. 7 – 32) 1.sem.
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SOARES, C., . O desenvolvimento social e o empoderamento econômico das mulheres no Brasil: uma análise a partir de índices sintéticos. Adenauer, 2013.
SOUZA, Jessé. A Construção Social da Subcidadania: para uma Sociologia Política da Modernidade Periférica. Belo Horizonte: Editora UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2003. (Coleção Origem) 207p.
TEDESCO, Marina Cavalcanti. Da esfera privada à realização cinematográfica: a chegada das mulheres latino-americanas ao posto de diretoras de cinema.  EXTRAPRENSA (USP) – Ano VI – nº 10 – junho/2012.                                                                
WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobias. Rev. Estudos Feministas, ano 9, 2001.
VALVERDE, D.O.; STOCCO, L.. Notas para a interpretação das desigualdades raciais na educação. Estudos Feministas, 2009, v.17 (3). pp. 909-920.
YAZBEK, M.C,. Pobreza no Brasil contemporâneo e formas de seu enfrentamento. Serviço Social e Sociedade, 2012, v.110, pp.288-322.

Link para apresentação do meu último artigo publicado pela ANPUH:


  



[1] Licenciado em História (Unicap); Bacharel em Artes Cênicas – Teoria do Teatro (Unirio); Especialista em Ensino de história das artes e religiões (UFRPE) e em Estudos Cinematográficos (Unicap); Concluinte em Pedagogia (Unicesumar); Mestre em Políticas Públicas em Educação (Unirio); Doutorando em Política Social (UFF) – Ator e diretor, atuou em 2018 como professor de História e Geografia no Ensino Fundamental II (Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes-PE); de Artes, Cinema e Teatro no Ensino Médio e no Curso Médio-Técnico em Lazer no Estado de Pernambuco; tutor e professor formador (orientador de TCC) na especialização em Gestão Pública Municipal (IFPE); tutor no curso semipresencial de Licenciatura em Artes Visuais com ênfase em Digitais (UFRPE) e professor formador no curso semipresencial de Licenciatura em Letras (UFRPE).
[2] FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2 edição. R J. Nova Fronteira. 1986. p. 1168.