terça-feira, 22 de agosto de 2017

Não sei se são egos inflamados, desinteresse na minha pessoa... mas não existe o amor idealizado! Ame sua família e amigos!!

(14_08_2017 e 22/08)



                Sou pisciano e cada vez mais convencido que amo demais... que me iludo demais... que também sou carente demais... que idealizei coisas que não existem, pois, dependem dos outros. Tudo foge do nosso controle em algum momento da existência, mas, aquilo que sou e que tenho dentro de mim, a bondade que meu deus colocou, isso não vou deixar se apagar. Não vou me perder nesse meio de perdidos. Sei das qualidades e das coisas boas que faço e que penso; das que já fiz e das que ainda pretendo fazer. Isso ninguém vai tirar de mim. E acho que só descobri tudo isso depois de conseguir juntar vários quebra-cabeças; até com peças que pareciam ser impossíveis de se achar. Sou de uma família moderna. Meu pai tem dois filhos e uma filha com sua primeira companheira; minha mãe tem um filho mais velho de outro relacionamento; meu pai ainda teve outra moça depois de mim, de um terceiro relacionamento; e minha mãe teve outro relacionamento (casamento na Igreja e tudo) sem filhos. Eu sou filho único da minha mãe (64) com meu pai (65). Fisicamente parecido com ela, e com ele (que se parecem); e sou culturalmente e educacionalmente uma mistura deles. Uma coisa de um, outra de outro, embora eu questione e discorde de muitas coisas deles. Mas, são meus pais e eu devo tudo aos dois, que, apesar dos pesares, são os únicos que atendem minhas ligações; que respondem meus whatsapps, que abrem suas casas para mim. Moramos cerca de 2300km de distância, temos milhões de histórias, de famílias, irmãos, sobrinhos, dos netos deles... mas, juntar eu e meu irmão Pablo (36) com seus filhos, na casa de mainha, abrir os botões que a gente brincava com nosso primo Guga (34) (eu fiquei com os botões de futebol dos dois...); conversar da vida e sem interferências nas individualidades; foi um presente de deus em minha vida. Meu irmão tem dois filhos. Tonton (5) e Leleco (2). Vimos-nos; brincamos; tiramos fotos; e cada um vai seguir sua vida. Domingo (dia dos pais) foi o dia de painho, acho que ele mereceu. Consegui fazer Haroldo (42) vir, o mais velho, que não via desde 2007, que trouxe Gabriel, seu filho de 18 anos. Eu convidei Arthur (21) e Lucas Miguel (filho mais velho de Haroldo, já com seu filho de 3 aninhos, lindeza). Rafa (34), meu irmão do meio trouxe Maria Luiza (7 ?), sua filha inteligentérrima (pedi aula de inglês para ela). Yohanna (39), minha irmã mais velha não levou Vitinho (18), pois estava com o pai na Ilha do Retiro (para onde fomos depois); e Mariana, minha irmã caçula (21), finalmente estava lá, não como uma criança como sempre a vi, agora como mulher, já formada em Universidade. Ainda teve festinha de prima, filha da irmã da minha mãe, que é minha vizinha... e vieram primos, tios, tias, agregados... blablabla... isso é tudo muito particular e ao mesmo tempo é geral. Vocês todos, caros leitores, tiveram pai, mãe, amigos, passados... todos nós tivemos problemas; dúvidas, questionamentos, insatisfações, frustrações...  eu tive várias nessa viagem (que é a minha existência). Eu tive várias hoje. Nunca acordo satisfeito com o que tenho e sou. Quero sempre mais. Quero acordar mais feliz. Mais animado... mais esperançoso... quero acordar mais alegre, com mais vontade de seguir... e seguir... são 22 endereços no RJ, e se vão 8 anos... além disso, pouco antes de ir, também precisei focar em meu processo de vida. Eu estou farto de “cabelo longo = hippie doidão” e “cabelo curto = playboy”!!! Estou cansado do local que moro ou das roupas que uso significarem mais do que o meu coração. Eu amo as pessoas. Eu amo a vida. E quem me ama, já sabe que estou farto disso; e estão procurando me respeitar. Não que eu seja intolerante, pelo contrário... quase me arrependi da última postagem, mas preferi deixar. Não quero conflitos. Não quero as pessoas vindo me dizer que eu sou isso ou aquilo, principalmente porque eu não sou. O que te custa falar comigo e perguntar como estou? Olhar meu cabelo e foda-se como ele estiver, só me pergunta se estou bem... e se você não tem tempo ou não tem vontade de me ver, não fica tentando articular... manda uma mensagem carinhosa e pede para que eu seja feliz. É um pouco do que desejo para vocês... não briguem à toa comigo, muito menos com os familiares de vocês. Na dúvida, respire e se afaste... Eu nunca tive dúvidas sobre minha necessidade de sair de Olinda, e não me arrependo. Quando tive dúvidas do RJ, me afastei... agora estou cada vez mais lá. Tenho 3 anos de doutorado pela frente, e coloquei outras metas. Eu não posso dizer que irei conseguir... só que de fato meu desejo é não voltar pelo menos por uns 10 anos em Olinda. Dessa vez sem mágoas de ninguém no meu coração. Aos que infelizmente a vida nos afastou, eu realmente desejo que sigam seus caminhos da melhor forma possível, e tenho certeza que eles estão bem melhor do que eu. De todos os amigos e amigas que já tive, alguns a vida me afastou, e outros a vida me pede para deixar fluir... mas ninguém de Olinda merece que eu tenha qualquer sentimento ruim. Acredito que as coisas da vida são um processo. Eu amei demais e por muito tempo me senti amado pra cacete. Hoje não quero mais isso. Só quero tranquilidade, respeito e muita paz na vida de cada um. Muitos amigos (e pessoas que foram amigas) estão com filhos e filhas... e são dádivas de deus. Eu ainda não fui abençoado e neste momento é uma coisa que vou precisar trabalhar em minha vida para encaixar em algum momento. Se eu não tiver tempo para isso; ou o destino não me reservar este presente; quero ser aquele tiozinho que mora no RJ e todo mundo pode chegar na casa para passar um tempo de férias. Ou onde eu estiver morando. Quero ser aquela pessoa que faz a UNIÃO. Família não escolhemos, e neste meio, eu inclui muitos amigos. Muitos me ajudaram muito, e todos que um dia fizeram algo por mim, sabem que minha casa estará sempre aberta. Eu agora quero ver meus sobrinhos, primos... primas... essa galera toda... ficando bem e feliz, como eu me sinto. Completo nunca estaremos... mas estou em paz, e queria somente agradecer deus por ter segurado na minha mão nos momentos em que eu o chamei. Hoje, mesmo sendo professor, sei dos meus limites, das falhas, das inseguranças, e tenho tentado a cada instante controlar meus sentimentos. Nem tudo deve ser dito. Nem tudo deve ser tão importante quanto nossa tranquilidade. Se um dia eu te ofendi, ou não te tratei bem, certamente eu fiquei muito mais triste do que você. Aceitar críticas é meu desafio. Como professor e artista, estou exposto as interpretações. E de fato eu tentei um contra fluxo nas minhas atividades; buscando mesmo romper com as ordens pré-estabelecidas, inclusive nesses meios ditos “abertos ao diferente” (toda relação social tem uma forma que vai se estabelecendo). Em todo canto sou rotulado de alguma coisa. O silêncio se faz necessário. O escutar, mais ainda. E quando não consigo, converso com deus e peço desculpas por mais uma vez não ter conseguido exercitar a paz no coração. Seguirei tentando até os últimos dias... que as pessoas que magoei um dia me desculpem e que eu de agora para frente consiga evoluir mais e mais; e plantar o bem... fazer coisas boas... atrair amor e não discórdias. Que minha carência e insegurança não afetem minhas atividades profissionais. Eu curto ser solitário e curto ter amigos. Eu curto ficar sozinho e curto encontrar pessoas. Contraditório e inconstante. Não gosto de marcar. Que deus me dê forças dos 31 para os 41... que ele guarde e olhe pelos meus... que ele segure a mão da minha mãe e toque em seu coração, pedindo-lhe paz... que olhe por meu pai e toque em sua alma, e diga que tudo vai ficar bem. Que deus segure minha mão e me leve para onde ele acha que eu deva ir... que ele me dê tudo que eu mereça. E que eu aceite cada segundo dos acontecimentos que estão guardados para minha vida. Que ele me guie para caminhos do bem e que me atraia pessoas dispostas a me entender. Que eu aceite o mundo e as pessoas e com elas tente ser uma ponte para melhores coisas da vida. Que o mundo me aceite mais e que eu transborde menos. Que saiba o limite necessário para cada situação. E que as provações de deus me façam crescer. Que me puxem para cima e para perto dele cada vez mais. Que o RJ me receba novamente e renovado, praticamente zerado, quero mais e mais e mais... e que eu devolva em dobro todo amor que a vida me proporcionar. Que eu seja mais sincero e responsável nas minhas relações amorosas. Que se deus me permitir ser pai, que eu seja um que sempre sonhei... e a hora não é agora... não estou pronto... não estou pronto e não tenho companheira no momento... também não estou pronto para ter uma companheira. Que deus me guie um dia para estar. Que ele reserve tudo de melhor para minha vida, e que eu possa devolver a vida coisas melhores... DAQUI PARA FRENTE... QUEM SOU EU NA MINHA PRÓPRIA HISTÓRIA DE VIDA?  Não sei se são egos inflamados, desinteresse na minha pessoa... mas não existe o amor idealizado! Então que ele, nosso bom deus, me dê os amores possíveis e que eu aproveite cada boa chance que deus me mandar... 


AME TODOS QUE TE AMAM...  
















































*(claro que tirei Foto com Mainha, Pablo, Tonton, Leleco, Kika e Mel, mas para ver terá que visitar a casa de mainha, em Olinda-PE).

  


terça-feira, 8 de agosto de 2017

Estou chorando agora...

08_08_2017

 Eu (de amarelo né?), Kika, Mel, Mainha Linda, e Arthur Allef  (Meu sobrinho, filho do meu irmão mais velho Haroldo)



                Eu as vezes não aprendo. Preciso calar-me. Ouvir as críticas e aceitar... mesmo as que não concordo. Mas, é muito difícil. Estamos vivendo uma polarização tão profunda na política; além de discursos generalizantes e que constroem rótulos sobre tudo e todos... eu sou homem, branco, olho azul. Eu já sei disso. Discorro sobre mulheres cineastas negras (a ausência delas...) e já sei que vou sofrer críticas. Eu pontuo no meu texto todos os pontos; não somente ser homem branco; mas, sobretudo, que sou consciente em relação aos meus privilégios sociais e as desigualdades, que são também de cor da pele.  Entretanto, se discorro sobre o tema, é porque isso me incomoda, e não porque quero tomar o espaço de ninguém. Acredito que homens devem sim pesquisar sobre mulheres, inclusive porque fomos culturalmente muito mal-educados. E acho sim que pessoas brancas devem pesquisar sobre negras e negros (ou pretas e pretos?), para que se percebam nesse lugar de privilégio, para que contribuam com mudanças estruturais que começam também pela ciência... e eu, como cientista da humanidade e artista, mesmo nesse lugar de privilégio, estou na luta por melhorias sociais. Não sou rico. Nunca fui. Não tenho família de artistas. Tampouco alguém que me financie. Sempre fiz tudo com muito esforço e dedicação, e, em muitos momentos, minha capacidade foi colocada em questão pela minha cor (não, não estou falando de racismo reverso, isso não existe, não estou falando que sofro nada disso). De qualquer forma, já insinuaram diversas vezes que só tenho tudo que tenho porque tenho grana e privilégios. Não é bem assim meu povo.  Vocês gostariam então que eu me matasse? Essa é uma pergunta que tenho tentado me fazer sempre que surge isso... sempre que duvidam da minha “real sensibilidade” com as mulheres negras no mundo da arte... eu então deveria ocupar qual espaço na sociedade? Ser patrão e opressor? Porque... sensibilizando-me, com quem sofre muito mais do que eu (acreditem, sofro coisas que ninguém pode imaginar... por ser nordestino vivendo no RJ... por gostar de usar cabelos coloridos e roupas estranhas... grande merda isso né? Mas sim... brancos dos olhos azuis também choram... sabiam?); Bem, na maioria das vezes as pessoas conseguem ver a bondade em mim e no meu trabalho, mas eu preciso me acostumar com quem não vê e saber entender e calar-me diante de conflitos. Hoje consegui. Mentira. Só consegui parar a conversa e bloquear a pessoa (depois de muito pedir para encerrar o assunto e convidando para meu curso sobre o tema; não posso ficar tentando me explicar para cada pessoa na internet que vem questionar meu trabalho... até queria...). Não quero confusão, muito menos pela internet com quem não me conhece e só viu algo sobre meu trabalho escrito na internet. Não. Eu NÃO SOU o homem (ou macho?) branco opressor escroto. Minha mãe lutou muito pelas coisas e ainda luta, junto comigo, que hoje posso ajudar ela com as despesas da casa dela (não temos carro, nem viagens para Europa, muito menos trocamos de móveis todos os anos... também não compramos roupas novas o tempo todo... eu mesmo nem roupa compro... só uso as que os amigos me doam) ... sim, é isso... eu queria muito muito muito conversar com as pessoas; dizer que essa rotulação está afastando as pessoas e não constrói uma sociedade melhor. Outra coisa; todos os médicos que tratam de obesidade são obesos? Todo dentista tem o dente podre ou já teve? Todo psiquiatra tem doenças ou transtornos mentais? Temos que parar com isso, sério. Homem pode falar de mulher. Mulher pode falar de homem. Preto pode falar de branco. Branco pode falar de preto. Portanto que seja respeitoso, com amor, com carinho, com boas intenções... podemos tudo...  não podemos é ficar brigando entre si o tempo todo; falando isso e aquilo sem conhecer direito as pessoas... temos que colocar mais amor no coração... eu tenho tentando fazer isso no meu... e tenho conseguido... as pessoas que magoei um dia, peço desculpas e algumas já consegui o perdão... não sou perfeito, nem quero ser, mas tenho tentado ser alguém melhor. E você?

*Olha o que eu tinha escrito uma semana atrás... 

De tanto ir e vir, não sei se sou daí ou daqui. 01_08_2017

Várias viagens. Lugares. Pessoas. Histórias. Amores. Desamores. De lá. De cá. Correndo para lá e para cá. Mochilas, malas, casas, endereços, projetos, sonhos, tentativas, desejos, ilusões e desilusões. Complicado. A vida não me reservou tranquilidade ou eu não tive tranquilidade com a vida? Hoje vejo que está tudo tão legal, divertido, calmo. Eu e eu. Eu comigo. Eu com meus trabalhos. Eu e eu? Sempre eu... eu .... eu... mas há um “nós” no que eu faço? Atualmente, muito. Meu trabalho, lecionar, falar e falar e falar... explicar e explicar... ler, reler, mostrar, dinamizar... ler, ler e ler. Escrever. Publicar. Falar e falar e falar... sim, eu tento mostrar coisas boas que penso para mim e para o mundo, mesmo que  eu não seja a melhor pessoa para isso. Eu só quero estar tranquilo, dormir bem, ter comida e água. Um lugar para dormir, alguém para conversar. Confiar no mundo. Eu só preciso disso. Não quero mais nada do que tenho, só segurança. Estar bem, ser tratado bem e tratar o outro melhor ainda. Só queria sorrir todos os dias. Dizer que amo a vida e que tudo é legal. Sim, é o que quero. Mas, nem sempre é possível. Eu fico triste, até me sinto errado em alguns momentos. Mas eu só queria ser feliz. Como conseguir isso sem magoar ninguém? Será que consigo passar em branco na vida e no mundo? Zerado. Sem fazer mal a ninguém. Só quero isso... e se possível fazer o bem... que lembrem de coisas boas e não ruins que fiz. Preciso mudar mais? Com certeza. Mas devo estar no caminho, ao menos eu estou em paz....

Só quero paz... eu juro...

Ps: Tio Arthur, peladinha na praia hoje foi show... foi massa te ver porra... 


Bjocas


Lucas Leal