quinta-feira, 23 de abril de 2015

Atividades de pesquisa ação na FFP-UERJ 2014.1

Como hoje é sexta SIM, vou continuar divulgando um pouco das atividades da FFP-UERJ como prometido.




As duas turmas de arte e educação (eletiva) que tive o prazer de (des)educar em 2014.1, arrisco dizer, têm em sua memória particular-existencial “antes de Lucas Leal” e “depois de Lucas Leal” (uma clara paródia sobre as teorias filosóficas que se enquadram como “pré-socrática e pós-socrática”).
Partindo da minha inusitada forma de trabalhar arte, a turma da tarde criou o cine-teatro (In)Formados e ffpdidos: O conselho de classe.

Links de duas versões de vídeos:

A ideia deles era questionar um pouco sobre as disparidades entre teoria e prática que acabaram percebendo dentro da sua formação na FFP-UERJ. Questionando também de forma bem interessante a postura de educadores nos conselhos de classes, cada aluno que se interessou em ser um personagem, criou um “tipo de professor”; e, relendo o “alto da compadecida” de Ariano Suassuna, surgiram também a figura do “Diabo” e do “Anjo”. Foi bem divertido e prazeroso perceber os questionamentos políticos que apareciam a partir da intervenção lúdica e artística criada coletivamente.  


A turma da noite criou o “CHOCA FFP: É HORA DE MORFAR” (Alusão aos Power Rangers). Com intuito de discutir a não-autorização da arte grafitti dentro da FFP-UERJ, os alunos fizeram oficina de Stencil e compreenderam a diferença para pichação, preparando seu próprio material. Eles elaboraram intervenção (com a devida autorização conseguida por um pedido institucional meu frente ao departamento de educação e devidamente encaminhada e autorizada pela direção da Unidade).

Por conta do tema, fizeram um convite particular, pois alguns conheciam minha performance com fogo e com doação de cabelo ao público. Aceitei o desafio, de também atuar como perforMAN em uma atividade em que era o docente responsável. O que causou certo conflito com a direção da unidade a partir de um estranhamento dos guardas patrimoniais, quando me viram “atear gasolina no próprio corpo”.

Havia solicitado uso do espaço da quadra para devida performance, colocando meus dados de ator/diretor (SATED-RJ) em uma carta de próprio punho eximindo a instituição de qualquer dando ou consequência da intervenção.

Mas, por motivos de logística, escolhi fazer próximo da Xerox, um andar acima da quadra, isolando devidamente o espaço. Fui interrompido durante a cena do cabelo, pelo vice-diretor da unidade, perguntando “o que estava acontecendo ali”. E respondi olhando em seus olhos “Estou trabalhando meu amigo”.

Ele solicitou minha presença “ao terminar”, mas, para mim, aquilo foi quase “um fim”. De fato “choquei a ffp”? Creio que sim... Os grafittis também chocaram, e o diretor citou “um peru enorme” como descontentamento estético particular para uma imagem obra de algum aluno (que desenhou um pênis grande em Stencil nos tapumes fornecidos pela direção). Então o questionei sobre “censura” e que se a unidade tinha algum problema com alguma imagem deveria ter comunicado quando solicitei autorização da atividade. Ele entendeu meus motivos e repensou o que havia acabado de falar... mas o problema de ter feito em outro local a performance com fogo não foi tão bem visto, nem por eles da direção, nem por alguns do departamento que fazia parte.

Eu só posso pedir desculpas, mas como performan, naquele momento, achei pertinente fazer a intervenção onde estava acontecendo o evento (a quadra ficava um pouco distante).

Outro aspecto que “deu problema” foi que alguns alunos fizeram stencil na pilastra da instituição, e o acordado era fazer somente nos tapumes. A direção da unidade cogitou (me coagindo) que eu pagasse os custos para retirada do material da pilastra (um total de 240 reais) e tomaram a decisão de censurar os tapumes (que deveriam ser retirados na semana seguinte do evento).

Eu cogitei pagar; depois chamei os alunos para me ajudar a retirar; alguns falaram que iriam por mim, mas que não achavam justo; e acabamos deixando por isso e informei a unidade que não era guarda patrimonial, que os mesmos, durante minha cena com fogo foi relatar o que estava acontecendo na direção, deviam ter fiscalizado melhor (pois é parte do seu trabalho) e relatado no momento os envolvidos (pois eu mesmo até hoje não sei quem foi e não vi na hora).

Também peço desculpas pelo ocorrido, mas, fiquei muito ofendido com a interrupção da minha cena com o cabelo (estava raspando a cabeça na hora) pelo vice-diretor (que é professor de Biologia Genética) indagando o que estava acontecendo. Como assim? Eu nunca invadi um laboratório de biologia genética para saber o que estava acontecendo. Mas, em uma performance artística ele se sentiu no direito de fazer isso? Que ideia foi essa? O mesmo se desculpou... mas eu não senti verdade, pois quando exigi retratação pública, fui ignorado.  Pois bem... entenderam porque Choquei a FFP? Também fiquei chocado com tudo isso... me senti perseguido na Unidade e de fato fui... como vou relatar na próxima postagem sobre 2014.2.

              A junção das duas ideias, mais as duas turmas de sociologia da educação, deu surgimento ao “Cine-Sarau: Ar-Te: Um dia... “ Com Tema: “Dos círculos de cultura a animação cultural” – sob minha Coordenação Acadêmica na Data: 07/08/2014 – Horário: 9h as 22h no Local: Ffp-Uerj.


As ideias desse semestre me fez escrever um artigo que publiquei no II Seminário Internacional de Cinema e Educação: Dentro e Fora da Lei que foi realizado na cidade de Porto Alegre (RS) nas datas de 17 e 18 de outubro de 2014. o trabalho recebeu título  de Animação cultural e formação de professores: Continuação de relato. O evento, que integra as ações do Programa de Alfabetização Audiovisual, foi promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em parceria com as Secretarias Municipais da Cultura e da Educação de Porto Alegre.

Abaixo artigo (link para o livro digital sairá ainda, de acordo com informações recebidas essa semana pelos organizadores do evento).


ANIMAÇÃO CULTURAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CONTINUAÇÃO DE RELATO[1]
Lucas Leal[2]


Este trabalho busca apresentar caminhos para formação pedagógica através de políticas públicas de educação, cultura e arte, a partir da animação cultural. Utilizaremos como base pesquisa-ação iniciada março de 2013 na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFp-UERJ). O projeto foi pensado para disciplina Educação, artes e Ludicidade (exclusiva para pedagogia) e acabou sendo integrado com outras disciplinas, como Sociologia da Educação (Licenciaturas); Sociologia e Educação I (Pedagogia); arte e educação (Eletiva/Licenciaturas). A temática central escolhida foi: Animação Cultural: Conceitos e ação. Concepções dos Estudos Culturais Contemporâneos possibilitam compreensão da necessidade de  formação de cidadãos atuantes, conscientes e participativos, exigindo capacitação continuada dos educandos em relação à leitura e interpretação da cultura visual que os cercam. Trata-se de discutir concepção estética artística hoje, não somente construída em espaços eruditos. Assim, todos podem e devem produzir/consumir/elaborar atividades artísticas. Como objetivo geral quer-se construir rede de animadores culturais a partir da filosofia dos “Círculos de Cultura”, compreendendo conceitos filosóficos do educador Paulo Freire, onde a práxis autêntica surge no processo pedagógico dialógico e consequentemente dialético. No artigo iremos relatar o último evento Cine-Sarau Ar-te: Um dia, ocorrido em 07/08/2014, onde além de elaboração de um filme/teatro pela Turma de Arte e educação (T1), tivemos pintura com stencil e performances musicais. A formação teórica/artística com intuito de experienciação em cinema pelos futuros educadores contribuiu para reflexão sobre a recente Lei 13.006 de 26 de junho de 2014 (obrigatoriedade da exibição de filmes nacionais nas escolas de Educação Básica como componente curricular complementar). 

Palavras-chave:  Animação cultural; Cinema; Políticas Públicas; Pesquisa-ação.


RESULTADOS E DISCUSSÕES
            Este trabalho busca apresentar caminhos para formação pedagógica através de políticas públicas de educação, cultura e arte, a partir da animação cultural. Utilizaremos como base pesquisa-ação iniciada março de 2013 na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFp-UERJ).
            Com base no ensino presencial da animação cultural, desenvolvemos atividade coletiva no intuito de experienciar a teoria na prática[3]. Dificuldades de tempo; horário e interesse serão abordados no intuito de repensar questões que surgiram após realização da pesquisa-ação.
            O projeto foi pensado para disciplina Educação, artes e Ludicidade (exclusiva para pedagogia) e acabou sendo integrado com outras disciplinas, como Sociologia da Educação (Licenciaturas); Sociologia e Educação I (Pedagogia); arte e educação (Eletiva/Licenciaturas). A temática central escolhida foi: Animação Cultural: Conceitos e ação.           
            Apresentam-se questões  encontradas:
1- Como superar o mutismo social em uma sociedade que vive resquícios de sua Inexperiência democrática?
 2- Como discutir acesso a cultura e arte eruditas com intuito de reinterpretar os mercados de bens simbólicos, elaborando visão de cultura popular em espaço universitário?

            Destaca-se uma característica do contexto específico da atividade e a relação institucional:
1- Pouco contato artístico por parte dos discentes e ausência de locais próprios para isto no entorno e na própria instituição de ensino, consequentemente, discutir arte/política foi uma “novidade” no geral.

            Como criar algo se não conheço nada sobre? Por que falar nas aulas e participar se posso ficar calado, chegar atrasado, não ler, e continuar assim minha “formação profissional”? E o dia-a-dia, trabalhos, e outras atividades, inclusive acadêmicas? Como fazer desenvolver nos alunos o gosto pela cultura, pela arte, pela participação política e transformação social através da educação? Como utilizar recursos culturais não como recurso econômico, mas como possibilidade crítica?
            Concepções dos Estudos Culturais Contemporâneos possibilitam compreensão da necessidade de formação de cidadãos atuantes, conscientes e participativos, exigindo capacitação continuada dos educandos em relação à leitura e interpretação da cultura visual que os cercam.       
            A partir deste evento e do artigo em questão, concretiza-se passagem de etapa na pesquisa[4], onde os primeiros passos em 2013.1 com inserção de atividade com Educação em Direitos Humanos (EDH) e cineclubismo virtual; 2013.2 com atividade de criação virtual; e 2014.1 com desenvolvimento de atividade presencial com auxílio para divulgação em meio virtual[5]. Um desafio para 2015 será desenvolver a re-edição, re-pensando as questões do que foi desenvolvido, relembrando a mesma durante o processo e propondo novas questões.
           A intervenção contínua e a re-elaboração do evento corroboram com questões artísticas do teatro, cinema e performance, onde o artista re-faz, ou re-apresenta suas ações, intervenções, ou obra artística no mesmo espaço ou em outro. O cinema e o teatro são tradicionais nisso. Hoje há a re-performance. E aqui a ideia é pensar no re-evento. A expectativa é estar dando continuidade para as ações de animação cultural, mesmo que mudando o grupo  a desenvolver as ações. O que não impede de convidar novamente os membros das ações de animação cultural anteriores.
          Trata-se de discutir concepção estética artística hoje, não somente construída em espaços eruditos. Assim, todos podem e devem produzir/consumir/elaborar atividades artísticas. Como objetivo geral quer-se construir rede de animadores culturais a partir da filosofia dos “Círculos de Cultura”, compreendendo conceitos filosóficos do educador Paulo Freire, onde a práxis autêntica surge no processo pedagógico dialógico e consequentemente dialético.
           A princípio penso no evento primordialmente pelo viés artístico, entretanto, ao se trabalhar questões de arte e política, utilizamos questões sociológicas, com forte presença de questionamentos sociais, mesmo que explorando ainda questões subjetivas da psique dos envolvidos. Um elemento que interliga essas questões são os contos de fadas e as fantasias, que despertam interesse para um mundo (real) imaginado.
            O limite entre realidade e ficção, expressão subjetiva e questionamento social são de ordem ainda mais complexas, quando diz respeito a atividade acadêmica. O que retorna a questão de inexperiência democrática. Os alunos não estão acostumados a criarem algo próprio, tampouco optar pelo não-criar, que também é uma postura política.
            Há, em determinados momentos, a vontade de separar em grupos, os que querem, os que não querem, e aqueles que estão em dúvida. O que levaria sempre o evento a ficar no Plano de idealização pelo tempo-espaço (em 2014.1 as disciplinas eram de 30h ou 2 créditos). Ou seja, não teria intuito de realizá-lo. Elaborei proposta de oficina de animação cultural para o Encontro Nacional dos Estudantes de Pedagogia, pensando justamente na ideia de idealizar um projeto de animação cultural[6].
            Este artigo, integrado a uma pesquisa-ação na formação de professores, tem ainda o intuito de relatar o último evento Cine-Sarau Ar-te: Um dia, ocorrido em 07/08/2014, onde além de elaboração de um filme/teatro pela Turma de Arte e educação (T1), tivemos pintura com stencil e performances musicais.  Abaixo programa da disciplina Arte e Educação.
          Na disciplina trabalhou-se proposta teórico-metodológica apresentada durante a prova para professor substituto da FFP-Uerj:  1- Campo teórico e metodológico; 2- Historicidade dos conceitos e o do tema escolhido; 3- Objetivo das escolhas para formação de professores.
Dentro da formação de professores, discuto conceitos a partir da pedagogia histórico-crítica (Saviani, 2008); adotando outras duas perspectivas, dos “círculos de cultura” (Paulo Freire, década de 1960) até a “animação cultural” (Buarque de Hollanda, 2004; Melo 2002,2004,2006).
        Estes conceitos se associam com a perspectiva de Reinventar a Escola (Candau, 2004), atualizando conceitos da cultura na educação como caminho para formação crítica dos professores/educandos (discentes da referida Instituição).
          O tema escolhido, para elaboração da pesquisa-ação é, portanto, didática e metodologia de ensino e aprendizagem, com acepção historiográfica para disciplina de artes e educação[7]. Parti da concepção que o futuro educador deve apreender novas perspectivas filosóficas sobre formas de ensino, compreendendo transformações sobre cultura (e arte) na educação.
            A escolha de tratar sobre cultura na educação na disciplina citada é com intuito de apresentar principalmente a importância de perceber aspectos de técnicas e tecnologias e a sua utilização na educação (Vieira Pinto, 2005, Vol. I). Isto porque, segundo Rosa Maria Fischer (2007) as “novas tecnologias” também são uma nova forma de opressão, e o educador precisa estar em sintonia com as mudanças tecnológicas.
         Neste sentido, o professor interessado nessas transformações (históricas) das ferramentas educacionais, deve estar atento que os jovens e as crianças cada vez mais se apropriam da tecnologia no seu cotidiano. Por isso, justifica-se um novo planejamento histórico e filosófico (como dito antes) para formação crítica desse sujeito futuro educador.
Tendo em vista essas questões, em cumprimento ao artigo 214 da Constituição nacional de 1988, o novo PNE (Plano nacional de Educação 2011-2020) indica na meta 06 para implantação de 50% das escolas públicas em tempo integral, com tempo igual ou superior a 7h de permanência do aluno na escola ou em atividades da escola. Para isso propõe estratégias, entre elas, atividades extras em espaços comunitários públicos (museus, teatros, centros culturais...).
Portanto, minha proposta de plano de aula é um objetivo maior, pensando realmente em uma “Reinvenção da escola”, preparando o professor para essas mudanças de postura em relação ao ensinar. Além de que, a formação teórica/artística com intuito de experienciação em cinema pelos futuros educadores contribuiu para reflexão sobre a recente Lei 13.006 de 26 de junho de 2014 (obrigatoriedade da exibição de filmes nacionais nas escolas de Educação Básica como componente curricular complementar). 
Adotando, consequentemente uma metodologia histórico-crítica sobre os “círculos de cultura” até a “animação cultural”, tentei inserir os futuros professores com novas perspectivas para o ensino e aprendizagem. Para além da escola e seus conteúdos obrigatórios, pensou-se novos espaços educacionais que dialogasse com a arte e proporcionasse momentos de lazer durante esse processo de formação dos educandos.
E com essa proposta, penso estar preparando profissionais com base nos Estudos Culturais Contemporâneos, para que eles tenham autonomia e iniciativa para pensar a arte a partir das experiências de vida de cada sujeito; compreendidos dentro de determinado contexto histórico-social; com especificidades e necessidades específicas.
Para desenvolver o trabalho selecionou-se o caminho acadêmico relatado no artigo, pela percepção teórico-prática da importância de se repensar currículos escolares (MOREIRA (ORG), 1999) com base nos Estudos Culturais, que compreendem concepções também dos estudos de lazer (Melo, 2004). Por fim, a atividade artística desenvolvida com base em estudos cinematográficos compreendeu todas as outras artes: música, cênica, plástica e literária. 
Salientaram-se em sala, durante formação teórica, duas propostas para os grupos: a) Reinventar/repensar a escola, a educação e a arte; b) Pesquisar uma educação para além da escola. Como atividades as turmas de Arte e Educação organizaram um CINE-SARAU que incluía: Definir data; horário; local (na própria instituição).; Conseguir autorizações (criar comissão); Viabilizar evento (atividade de envolvimento coletivo); Entrega de relatório no dia do Cine-Sarau sobre a participação individual na atividade e autonota entre 5 e 10.
            Após discussões sobre sociedade, cultura, arte, política... surgiram as inquietações e insatisfações dos discentes: A própria Instituição de ensino. E pressupondo minha paradoxal posição de mediador cultural institucionalizado, e facilitador das questões que surgiam, ao propor atividade criativa, crítica, com base “nos círculos de cultura a animação cultural”, proporcionei espaço para questionamentos sobre o contexto em que eles estão inseridos.
            O estudo seguiu base teórica/filosófica a partir de Paulo Freire e chegando em  Vitor Melo de Andrade, onde percebemos ao longo do semestre que o diálogo seria necessário e fundamental para concretização da atividade coletiva.   Abaixo programação final do evento:
♡♡ Sinopse: Imagine um dia inteiro de conversas, poesias, filmes e diversão. Vamos ter café da manhã, uma tarde inteira com filmes e brincadeiras, além de música, poesia, contação de história, intervenções e banquete de encerramento. A proposta é integrar os alunos da Ffp-Uerj em um evento artístico-cultural co-produzido coletivamente com alunos de Sociologia da Educação e Arte e educação.

♡♡Programação:
9:00 as 12h - Café da manhã Sociológico - #PARTICIPE 
12h as 14h – Almoço coletivo
14h as 19:30min – Cine-Sarau  - #exibiçãodefilmes + Palco aberto + Performances + Microfone Poético + Isopozinho + Sanduba Rasta + https://www.facebook.com/SaulomBRA + o que vier 
14:00 – 14:40 – Filme/teatro com alunos de Arte e Educação (T1)
“(In)Forfmados e Ffpdidos: O Conselho de classe” 
14:40 - 15:00 - Poesias 
15:00 – 16h - Música e brincadeiras
16h as 18h – Instalação Móvel no Hall do Auditório – #COLABORE
18h as 18h e 30min – Contação de História com Simone André
18h:30 as 19 e 30min – Intervenção: Pintura de Stencil com alunos de Arte e Educação (T2) “Choca Ffp: É hora de mofar” 
+ Performance de fogo com Lucas Leal (CONFIRMADA AUTORIZAÇÃO)
19 e 30min as 22h – Banquete Sociológico 
♡♡♡♡♡♡LEMBRANDO DE LEVAR MATERIAL ESCOLAR PARA DOAÇÃO♡♡♡♡♡♡♡ #EVENTOGRATUITO
#PROGRAMAÇÃOCOLETIVA

CONSIDERAÇÕES
            O maior desafio de trabalhar com animação cultural agora é perceber que nem todos são animados, e além, nem todos tem interesse por cultura e arte como manifestação educacional. Interessante compreender, mesmo através do que consideramos cultura(s) no seu amplo sentido, a maioria das pessoas estão muito aprisionadas as suas rotinas e se torna algo penoso a construção coletiva.
            Outro fato que destaco no artigo é a relação da animação cultural na formação de professores, onde muitos já estão inseridos no mercado de trabalho e/ou não pretendem ser professores. Assim, fica ainda mais complexo “animar” quem “não quer se animar”.
            Algo surpreendente, no entanto, foi a condução dos conceitos, com vista na prática ou não.  Ou seja, sempre deixei claro em sala de aula que não deveria ser algo impositivo, e que não me importava com a concretude do evento (mesmo desejando isso). Então, ao solicitar relatório sobre a participação deles na elaboração/produção juntamente com comentários sobre a didática do curso arte e educação (Disciplina eletiva para todas as licenciaturas), estava ainda pensando nos dados fornecidos.
            É muito mais interessante para mim hoje, perceber sobre o processo do que sobre a realização, até porque, eu não achava que o evento aconteceria.  E, por fim, creio que aconteceu porque eu quis. Abri o evento pela FanPange no meu projeto na Unirio, que já funciona desde 2011, convidei todos do meu facebook, fiz a imagem (que era obrigação deles) usando minimamente a imagem elaborada por eles em Power Point.
           Ao escrever sinopse, juntar as duas turmas de artes e convocar também as turmas de sociologia da educação, consegui criar um vínculo maior entre eles e o evento. E todos dependente de mim. Não teve muita proatividade, mas quem quis meter a mão-na-massa fez sem muita objeção. Tentei respeitar ao máximo as propostas e as vontades. Acredito que por ter meu próprio projeto de arte “bem sucedido” eu já não fique mais preocupado com detalhes.
         Claro que meu projeto poderia ter evoluído mais. Como o próprio trabalho na Ffp-Uerj também. Acredito que isso só seria possível com atuação efetiva no quadro de educadores da instituição. O caráter provisório da atuação pedagógica é algo que de ambas partes, discentes e docentes, não faz o projeto “decolar”. Necessitaria de bolsistas e recursos. Mas isso foge um pouco do que penso também, que é a própria sustentabilidade de projetos de cultura e arte “periférica”.
      Esclarece-se, pelo vínculo institucional do docente só permitir atividades “de ensino em graduação”, o projeto não ter agência financiadora, e por isso as atividade são em horário das disciplinas e não como em atividades de extensão universitária, por exemplo, com variações de local e horário. Salienta-se, que por tal questão, o projeto acontece como atividade proposta dentro do programa, das disciplinas ministradas na Instituição. São, portanto, metodologias, com base na “pesquisa-ação”, como também, na perspectiva do professor-pesquisador. O artigo, assim, é uma reflexão que quer expor pontos e contrapontos de uma atividade docente-discentes. 


REFERÊNCIAS

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CANCLINI, N. G. . Culturas Híbridas. São Paulo: Edusp, 2003.
________. Leitores, espectadores e internauta. São Paulo:Iluminuras, 2008.
CANDAU, V. (org.). Reinventar a escola. Petrópolis: Vozes, 2000a.
________. Ensinar e aprender: Sujeitos, saberes e pesquisa. Rio de Janeiro: DP&A, 2000b. 
________. Diferenças culturais, interculturalidade e educação em direitos humanos. Revista Educação e Sociedade, vol.33, jan-mar 2012.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis:
Vozes, 1998.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Direito à Educação: direito à igualdade, direito
à diferença. In: cadernos de pesquisa. n. 116, p. 252-262, julh 2002.
FISCHER, Rosa Maria Bueno. Mídia, máquinas de imagens e práticas
pedagógicas. Revista Brasileira de Educação, vol 12, nº 35, p.290-299, 2007.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da Liberdade. RJ: Paz e Terra, 2005b.
_______. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005c.
HOLLANDA, H. H. O. B. . A contribuição dos Estudos Culturais para pensar a Animação Cultural. Licere, BH, v.7, n.1, p.101-112, 2004a.
_______. (org.). Cultura e Desenvolvimento. RJ: Aeroplano, 2004b.
JORDÃO, R. S. . A pesquisa-ação na formação inicial de professores: elementos para a reflexão. In: Anped, Caxambu, 2004.
MELO, Victor. A. de.  A cidade, o cidadão, o lazer e a animação cultural. Licere, Belo Horizonte, v.7, n.1, p.82-92, 2004.
________. A animação cultural: conceitos e propostas. Campinas, SP: Papirus, 2006.
PINTO, Álvaro V..O conceito de tecnologia. RJ: Contraponto, 2005. v. I e II.
SAVIANI, D.. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. 10ª ed. Campinas: Autores Associados, 2008.
YÚDICE, G. . A Conveniência da Cultura. Usos da Cultura na Era Global. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2004.








[1] A pesquisa não recebe financiamento pelo vínculo institucional do docente só permitir atividades “de ensino em graduação”.
[2] Historiador e ator, mestre em políticas públicas em Educação. Contato: lealffpuerjlucas@hotmail.com
[3] Sobre o Cine-Sarau Ar-te: Um dia (2014.1), ocorrido em 07/08/2014 na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Ffp-Uerj) em São Gonçalo.
[4] 2014.2 As atividades de artes serão com animação cultural e cineclubismo virtual elaborado pela própria turma; e com outra turma estou trabalhando o corpo na educação escolar através do teatro. justifica-se  pois já estiveram 2013.2 atividades com internet e cinema, e 2014.1 trabalham desenho  com outro docente, por isso optei por teatro.
[5] Abriu-se evento no facebook e convidamos o máximo possível de pessoas para participar.
[6][6] Também fiz isso na primeira turma de artes em 2013.1. Em setembro não pude ir para Pernambuco onde aconteceu o encontro por falta de tempo hábil para conseguir financiamento de passagem.
[7] Salienta-se que o evento ocorreu também integrando turmas de sociologia da educação, entretanto, foi todo elaborado coletivamente pelas duas turmas de arte e educação (disciplina eletiva para licenciaturas).

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